A Guerra Mundo

UE aplaude "bravura" das forças ucranianas após avanços no nordeste

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O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, destacou hoje a "bravura" das forças armadas ucranianas pelos seus recentes avanços no nordeste do país, que forçaram a retirada das forças russas.

"A bravura das forças armadas ucranianas está a mostrar resultados iniciais. Aguardo notícias da frente ucraniana," publicou Borrell na sua conta do Twitter.

Quando a guerra na Ucrânia cumpre 200 dias, o chefe da diplomacia europeia explicou que "a UE continuará a apoiar a Ucrânia na sua defesa contra a agressão russa".

O Estado-Maior General das Forças Armadas Ucranianas disse no domingo que após os avanços de sábado em Kharkov, as forças russas se retiraram de várias localidades na província de Kherson.

Os movimentos das tropas russas para leste no domingo não foram confirmados por Moscovo, que informou no sábado que se tinha retirado de Balakleya, Izium e Kupiansk para reforçar posições na vizinha região de Donetsk.

Até agora, este mês, a Ucrânia "libertou" um total de 3.000 quilómetros quadrados no seu contra-ataque. A Rússia ainda controla cerca de 125.000 quilómetros de território ucraniano, incluindo a península da Crimeia.

Esta retirada desencadeou especulações sobre um possível ponto de viragem na guerra, já que até agora os ganhos territoriais obtidos pelas forças ucranianas têm sido muito limitados.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.