Madeira

Alunos internacionais e vagas especiais vão viabilizar cursos com menos procura na UMa

Reitor Sílvio Fernandes satisfeito com resultados do Concurso Nacional e espera um nível final de entradas semelhante ao do ano anterior

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O Reitor da Universidade da Madeira (UMa) está genericamente satisfeito com os  resultados do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior e com os obtidos pela instituição que dirige, ainda que não deixe de estar preocupado com alguns aspectos.

Ao DIÁRIO, Sílvio Fernandes deixa a sua visão sobre o que explica a menor procura por alguns cursos na área das engenharias, o que se prolonga desde 2013, e de como a UMa espera viabilizar esses mesmos cursos. O reitor também responde à pergunta sobre a necessidade de repensar a oferta.

“Na realidade, os cursos de engenharia, Engenharia Civil, Engenharia eletrotécnica e Telecomunicações e Engenharia de Computadores têm sido cursos que, desde a crise de 2013, foram tendo cada vez menos alunos. Mas a nossa expetativa era de que eles fossem paulatinamente sendo preenchidos, nas vagas que eram postas a concurso. Isso não tem ocorrido. Mas nós estamos a tentar fazer com que eles sejam viáveis, no que diz respeito ao conjunto das vagas do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, vagas especiais e vagas dos estudantes internacionais. São cursos que, a prazo, terão, pelo menos, entre 12 e 20 alunos inscritos.”

Sobre o outro curso com baixa procura, fora da área das engenharias, o reitor deixa a garantia de viabilidade. “Neste ano, extraordinariamente, o curso de Cultura tem menos alunos, mas já tem bastantes vagas nacionais.”

Numa avaliação global, que não apenas no que respeita à UMa, sobre os resultados do Concurso Nacional de Acesso, Sílvio Fernandes entende que “este ano foi bom nas candidaturas ao ensino superior. Há aqui um aumento de vagas ocupadas e, além disso, nota-se que há o regresso das actividades normais, o que permite os estudantes possam seguir o seu caminho universitário.”

“O senhor presidente do Concelho de Reitores já chamou a atenção para as dificuldades, que são inerentes a todas as universidades, no que diz respeito às condições gerais de apoio aos estudantes, mas também de investimento no ensino superior (…). Essas essas condições e circunstâncias também são aquelas que se aplicam à Universidade da Madeira.”

O reitor explica como essas condições, nomeadamente, mas não exclusivamente as resultantes do financiamento, determinaram algumas das escolhas quanto à abertura de vagas. “Uma vez que a Universidade da Madeira não foi não foi contemplada com um aumento no seu financiamento, o aumento é o normal, e isso fez com que nós tivéssemos que equilibrar a oferta formativa, no que diz respeito a este concurso - CNA, no que diz respeito a uma das medidas estruturantes para a universidade, que é de aumentar o número de estudantes internacionais, e também no que diz respeito ao aumento desejado de alunos de mestrado. Foi por isso que nós aumentámos também a oferta formativa na área de mestrados (…). Foi por isso que tivemos de equilibrar com os primeiros ciclos.”

“Nesse sentido, embora o preenchimento de vagas seja 3,7% menor, em relação ao ano passado, no total, quando todas as fases tiverem terminadas, julgamos que ficaremos ao nível do ano passado.”