A Guerra Mundo

Zelensky diz que exército retomou 2.000 quilómetros de território em Setembro

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O exército de Kiev retomou cerca de "2.000 quilómetros de território" em setembro, anunciou hoje o Presidente ucraniano, assegurando que o exército russo faz uma "boa escolha" em fugir face à contraofensiva da Ucrânia no nordeste e sul do país.

"De momento, desde o início de setembro, foram libertados cerca de 2.000 quilómetros de território", disse Volodymyr Zelensky.

"Nos últimos dias, o exército russo mostrou o que tem de melhor: as suas costas. Mas apesar de tudo, fugir é uma boa escolha para eles", acrescentou.

Previamente, o Ministério da Defesa da Rússia tinha confirmado uma retirada das suas tropas de duas áreas na região de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, na sequência da contraofensiva na última semana.

"[As movimentações das tropas russas foram feitas] para atingir os objetivos enunciados da operação militar especial de libertação do Donbass", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP).

As declarações da Rússia surgem no mesmo dia em que as forças ucranianas anunciaram ter recuperado a cidade de Kupiansk, leste da Ucrânia, uma localidade a 120 quilómetros de Kharkiv, e sob controlo do exército russo desde há vários meses, adiantou a agência noticiosa AFP, salientando a importância estratégica da cidade para o abastecimento das linhas de combate russas.

O novo avanço importante reivindicado pelas forças ucranianas acontece depois de Kiev ter afirmado ter recuperado nos últimos dias o controlo de 30 localidades na zona de Kharkiv, na fronteira com a Rússia.

A ofensiva lançada em 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.