Sporting goleia Portimonense e diz 'adeus' a início turbulento
O Sporting mostrou hoje que a entrada turbulenta nesta temporada já foi ultrapassada, com uma goleada na receção ao Portimonense, por 4-0, na sexta jornada da I Liga de futebol, subindo alguns lugares na classificação.
Na 'ressaca' de uma goleada histórica na Alemanha, o Sporting triunfou com tentos de Trincão, aos sete e 41 minutos, Pedro Gonçalves, aos 72, e Nuno Santos, aos 76, que deixam os lisboetas no quinto lugar provisório, com 10 pontos, ao passo que o Portimonense está no quarto posto, com 12, e pode ver 'fugir' o FC Porto.
Rúben Amorim bem tinha avisado na antevisão que ia 'rodar' a equipa e cumpriu: para este jogo, entraram Ricardo Esgaio, Luís Neto, Nuno Santos e Rochinha, em detrimento de Pedro Porro, St. Juste, Matheus Reis e Ugarte, com Pedro Gonçalves mais recuado.
Do outro lado, o Portimonense também mexeu algumas peças, com Ouattara, Estrela e Gonçalo Costa nas posições de Pedro Sá, Gustavo Klismahn e Róchez, respetivamente, apostando num esquema tático mais defensivo, às vezes numa linha de seis jogadores.
Esse obstáculo poderia dificultar a vida aos 'leões', mas o golo madrugador de Trincão, aos sete minutos, através de um disparo frontal sem hipóteses para Nakamura, depois de uma bola parada e de muita insistência, ajudou na tarefa ofensiva no resto do jogo.
Em resposta ao tento sofrido, o Portimonense teve de ir em busca de algo mais e abriu mais espaços para o Sporting explorar, mas, no entanto, só com remates de longe, nas bolas paradas, é que a equipa da casa conseguia ameaçar, como aos 21, por Rochinha.
Paulo Sérgio não perdeu tempo e efetuou uma alteração tática à meia hora de jogo, ao fazer entrar Róchez para o lugar de Gonçalo Costa, oferecendo mais soluções e rapidez ao ataque dos algarvios, embora sem conseguir, no primeiro período, incomodar Adán.
Nuno Santos, com um remate rasteiro e cruzado, levou perigo à baliza de Nakamura, que afastou com a ponta dos dedos, embora o árbitro Nuno Almeida tenha assinalado pontapé de baliza, sob protesto das bancadas, mas o golo chegou de imediato, aos 41.
Graças a um passe falhado do recém-entrado Róchez, o Sporting progrediu veloz em transição e Rochinha, pelo flanco esquerdo, descobriu Trincão completamente sozinho na 'cara' do guarda-redes contrário, atirando, sem quaisquer dificuldades, para o 'bis'.
A segunda parte trouxe novidades nas duas formações, com Matheus Reis no lugar de Gonçalo Inácio, no Sporting, e Diaby e Ewerton a substituírem Estrela e Henrique Jocú, no Portimonense, que apareceu mais ofensivo, mas manteve a mesma falta de ideias.
Luís Neto lesionou-se no reatamento e os problemas no centro da defesa do Sporting já começam a ser muitos, pois Gonçalo Inácio também já tinha saído com problemas físicos, o que obrigou Rúben Amorim a colocar Ricardo Esgaio a central e Porro na ala.
Além desta troca forçada, Ugarte também entrou para a saída de Rochinha, o que fez avançar Pedro Gonçalves para o trio atacante e, pouco depois, o técnico dos 'leões' esgotou as substituições muito cedo, com as entradas de Alexandropoulos e Paulinho.
Com a cabeça já a pensar um pouco na receção ao Tottenham, na Liga dos Campeões, o Sporting não tirou em demasia o pé do acelerador e Ugarte, aos 65, cabeceou pouco por cima e, logo a seguir, Pedrão impediu, já em cima da linha, o 'hat-trick' de Trincão.
O golo da tranquilidade surgiu aos 72, iniciado num cruzamento largo de Porro, a descobrir a cabeça de Pedro Gonçalves, que aproveitou um desvio infeliz de Pedrão para dentro da sua baliza para sentenciar o resultado, mas ainda não estava fechado.
Apenas três minutos depois, o Sporting dispôs de muito espaço no último terço e, na área do Portimonense, Pedro Gonçalves entregou a Nuno Santos, para este 'fechar' o marcador em 4-0, seguindo o jogo para uns minutos finais já sem nenhum interesse.