Acreditar lança campanha sobre impacto do cancro pediátrico nas famílias
A associação Acreditar lança hoje a campanha "Setembro Dourado" com o mote "O meu cancro não é só meu: também é da minha família", que visa sensibilizar para o impacto do cancro pediátrico nas famílias.
Em comunicado, a Acreditar adianta que durante o mês de setembro, no âmbito da campanha "Setembro Dourado" que decorre por todo o mundo, vai promover várias ações de sensibilização para a doença e o seu impacto nas famílias.
"Setembro é o mês Internacional de Sensibilização para o Cancro Pediátrico, momento muito especial para as organizações que, em todo o mundo, apoiam as crianças e jovens com cancro e suas famílias. O laço dourado é símbolo da força, coragem e resiliência destas crianças e jovens", refere a Acreditar.
Com esta iniciativa, a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro pretende promover o conhecimento sobre a doença e a realidade com que se confrontam as crianças, os jovens e as suas famílias.
No âmbito da campanha, são organizadas atividades chamadas de "momentos dourados" que incluem andar, correr, andar de bicicleta, piqueniques, um quiz 'online' e recolha de fundos e donativos.
Na nota, a Acreditar lembra que apesar de ser uma doença rara, o cancro continua a ser a causa de morte mais frequente por doença em idade pediátrica.
"Na sobrevivência, as sequelas decorrentes da doença e dos tratamentos são responsáveis por menos qualidade de vida em dois terços dos sobreviventes. Nas famílias, o diagnóstico traz alterações profundas às suas dinâmicas", refere a Acreditar.
A associação realça que as famílias sofrem mudanças radicais na sua organização: pais que deixam de trabalhar para acompanhar os filhos doentes e licenças que levam a perdas de rendimentos.
Destaca igualmente que a Casa Acreditar Lisboa (que acolhe, gratuitamente, as famílias que vivem longe enquanto as crianças fazem tratamentos no Instituto Português de Oncologia) foi alvo de obras e tem agora disponíveis 32 quartos (anteriormente tinha 12).
A maior parte das pessoas que passam pela Casa de Lisboa vêm da Madeira, Açores, Algarve e Alentejo.
Recebe igualmente as crianças que vêm dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ao abrigo dos acordos de cooperação com o Estado, encontrando-se ainda uma família vinda em fuga da Ucrânia.
Pela Casa Acreditar de Lisboa já passaram 1.695 famílias desde que entrou em funcionamento, em 2002.