Jihad Islâmica Palestina reconhece tentativas "ao mais alto nível" para cessar-fogo
A Jihad Islâmica Palestina reconheceu hoje que estão a ser feitas tentativas "ao mais alto nível" para alcançar um cessar-fogo para pôr fim à escalada de violência com Israel que provou a morte de 31 palestinianos.
"Estão em curso esforços ao mais alto nível para alcançar um cessar-fogo em Gaza", afirmou um porta-voz da Jihad Islâmica Palestina, citado pela Efe, três dias depois da ofensiva israelita sobre Gaza e o lançamento de 'rockets' do grupo sobre Israel.
Durante o dia de hoje, a comunicação social local relatou que os esforços de mediação pelo Egito têm levado a progressos significativos para a implementação de uma cessação das hostilidades para esta noite.
Por sua vez, uma fonte dos serviços de segurança egípcios disse à AFP que Israel aceitou hoje uma trégua na Faixa de Gaza, proposta pelo Egito, disse uma fonte dos serviços de segurança egípcios à AFP, acrescentando que o Cairo aguarda agora a resposta palestina.
"O lado israelita aceitou a trégua", disse à AFP aquela fonte, que não quis ser identificada, sem dar mais detalhes.
O Egito está a tentar mediar o diálogo entre Israel e a Palestina, para acalmar a situação no enclave palestino, onde as trocas de tiros continuam.
Antes, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza tinha avisado que os serviços de saúde serão interrompidos dentro de 48 horas, por falta de eletricidade, uma vez que as passagens de fronteira com Israel, incluindo a de Kerem Shalom, por onde o combustível entra, estão fechadas desde terça-feira.
Caso tal se concretize, agravar-se-á a crise humanitária enfrentada pelo enclave palestino, onde 31 pessoas foram mortas e pelo menos 280 ficaram feridas desde o início da atual escalada de violência entre o Exército israelita e a Jihad Islâmica Palestina, na sexta-feira.
O atual pico de tensão começou na sexta-feira, com uma forte ofensiva israelita contra alvos da Jihad, em Gaza, a antecipar uma retaliação da Jihad, após a prisão, na segunda-feira, de um dos seus líderes, durante um ataque na Cisjordânia ocupada.