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Cinco países pedem reunião do Conselho de Segurança da ONU face a tensão em Gaza

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Cinco países do Conselho de Segurança da ONU solicitaram uma reunião face à escalada das tensões na Faixa de Gaza após ataques israelitas e a resposta do grupo palestiniano Jihad Islâmica, anunciaram os Emirados Árabes Unidos (EAU).

"Os EAU, como membro do Conselho de Segurança da ONU, apresentaram um pedido juntamente com a China, França, Irlanda e Noruega para realizar uma reunião fechada do Conselho na próxima segunda-feira para discutir a situação atual e formas de apoiar os esforços internacionais para alcançar uma paz abrangente e justa", informou no sábado à noite a agência de notícias Emirati WAM.

Os EAU sublinharam a necessidade de restaurar a calma na Faixa de Gaza, desanuviar tensões e preservar vidas civis.

Os ataques entre Israel e a Jihad Islâmica Palestiniana (PIJ, na sigla em inglês) causaram pelo menos 24 mortos - todos palestinianos, incluindo seis crianças e duas mulheres - e mais de 220 feridos.

O incidente mais grave do dia teve lugar na cidade de Jabalia, no norte de Gaza, onde pelo menos cinco crianças palestinianas e um adulto morreram.

Enquanto o PIJ disse que se tratava de um ataque israelita, Israel disse ter provas credíveis de que se tratava de um lançamento falhado de um foguete pelo grupo palestiniano.

Entre o total de mortos até ao momento, o PIJ contou seis dos seus membros, incluindo Taysir al-Jabari, o seu número dois em Gaza, líder da ala armada na parte central e norte do enclave e vítima de um ataque israelita seletivo que iniciou a atual escalada.

Já exército israelita disse na noite de sábado que tinha "neutralizado" os líderes "militares" do grupo da Jihad Islâmica em Gaza.

O que começou na sexta-feira como uma "ofensiva preventiva" israelita com ataques aéreos na Faixa de Gaza tornou-se no pico mais grave de violência na área desde 2021.

Desde que os primeiros projéteis foram disparados na sexta-feira em resposta ao ataque israelita, estima-se agora que o grupo islâmico tenha lançado mais de 350 foguetes, a grande maioria dos quais atingiu áreas abertas ou foram intercetados pelo sistema de defesa aérea de Israel.