Balanço de violência na Faixa de Gaza sobe para 24 mortos, incluindo seis crianças
Pelo menos 24 pessoas, entre as quais seis crianças, morreram na Faixa de Gaza desde o início da escalada da violência entre Israel e o grupo extremista Jihad Islâmica, anunciou ontem o Ministério da Saúde do enclave palestiniano.
Segundo o ministério, as vítimas foram mortas em ataques israelitas ocorridos desde sexta-feira.
As autoridades israelitas contradizem este balanço e garantem que várias crianças palestinianas foram mortas ontem à tarde em Jabalia (norte) por um disparo falhado de um 'rocket' da Jihad Islâmica destinado a atingir o território de Israel, e não pelo exército israelita.
"As forças de segurança israelitas não atacaram Jabalia nas últimas horas", indicou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, num comunicado.
"Ficou provado de forma irrefutável que o incidente é resultado de um disparo falhado de um 'rocket' lançado pela Jihad Islâmica", afirmou esta fonte, que diz "dispor de vídeos".
Desde o início da sua operação, na sexta-feira, Israel garante que só está a atacar locais pertencentes à Jihad Islâmica, tendo até agora matado 15 dos combatentes deste grupo extremista.
Como retaliação, o grupo palestiniano dispara 'rockets' para solo israelita, a maioria dos quais é intercetada pela defesa antimíssil israelita.
Duas pessoas sofreram ferimentos ligeiros com estilhaços de obuses, segundo os serviços de emergência.
Trata-se do pior confronto entre o Estado hebreu e organizações armadas da Faixa de Gaza desde a guerra de maio de 2021, que fez em 11 dias 260 mortos do lado palestiniano, entre os quais combatentes, e 14 mortos em Israel, incluindo um soldado, de acordo com as autoridades locais.
Israel impõe desde 2007 um embargo à Faixa de Gaza, território com 2,3 milhões de habitantes governado pelos radicais islâmicos do Hamas.