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Emboscada a destacamento militar resulta na morte de 34 extremistas no Burkina Faso

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Pelo menos 34 extremistas islâmicos morreram numa emboscada a um destacamento militar na região centro-norte do Burkina Faso, no qual quatro soldados e nove civis integrados nas Forças Armadas morreram, anunciou hoje o Exército burquinabê.

"Uma unidade do destacamento militar de Bourzanga, que coordenava uma ação ofensiva com um grupo de Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), reagiu corajosamente após ser emboscada por um grupo terrorista armado", segundo um comunicado da Direção de Comunicação e Relações Públicas das Forças Armadas.

O ataque ocorreu na quinta-feira da cidade de Boulounga, localizada na província de Bam.

"Surpreendidos pelo poder de fogo dos nossos elementos, os terroristas retiraram-se depois de terem registado pelo menos 34 mortos", alegou o Exército.

"Do nosso lado, morreram quatro soldados e nove VDP", acrescentou, observando que também houve 10 feridos que foram retirados para tratamento.

De acordo com as Forças Armadas, durante uma busca na área, também foram recuperadas armas, veículos e engenhos explosivos artesanais.

Burkina Faso é alvo de ataques fundamentalistas por parte de grupos ligados à Al-Qaida e ao movimento extremista Estado Islâmico desde abril de 2015.

A região mais atingida pela insegurança é o Sahel (norte), que faz fronteira com o Mali e o Níger, embora o fundamentalismo islâmico também se tenha espalhado para outras áreas vizinhas, como a região de Boucle du Mouhoun (oeste), desde 2017, e a região leste do país, desde 2018.

A insegurança fez com que o número de deslocados internos no Burkina Faso aumentasse para quase 2 milhões de pessoas, segundo os últimos dados do governo.

Em novembro de 2021, um ataque a um posto da Polícia Nacional causou 53 mortes (49 polícias e quatro civis), o que gerou grande descontentamento social que levaram a fortes protestos exigindo a renúncia do então Presidente Roch Kaboré.

Meses depois, em 24 de janeiro, os militares subiram ao poder por via de um golpe de Estado - o quarto na África Ocidental desde agosto de 2020 - e depuseram o chefe de Estado.

A junta militar que governa o Burkina Faso desde então vem realizando operações militares contra grupos extremistas em várias regiões do país.