Putin proíbe aos investidores "hostis" operações com activos estratégicos
O Presidente russo, Vladimir Putin, proibiu hoje por decreto aos investidores de países considerados hostis" à Rússia, e até ao final do ano, qualquer tipo de operações com as suas participações em empresas estratégicas.
O decerto, que abrange em particular os setores da energia e da banca do país, precisa que a proibição, tanto para personalidades jurídicas como físicas, estende-se a todas as empresas estratégicas e sociedades anónimas, e suas filiais, e ainda aos projetos gasíferos Sajalin e petrolífero Jariaga, respetivamente no Extremo oriente e noroeste da Sibéria.
A medida presidencial também abrange as transações com as participações de empresas beneficiárias de todos os grandes depósitos de petróleo gás, carvão, e ainda de urânio, quartzo, cobalto, tântalo, nióbio, berílio, cobre, diamantes, ouro, lítio e metais platinóides.
Putin também ordenou ao Governo e ao Banco central da Rússia que elaborem, num prazo de dez dias, a lista de empresas e bancos de países hostis que fiquem proibidas de efetuar operações de investimentos.
"As operações proibidas pelo presente decreto podem ser concretizadas através de uma autorização especial do Presidente da Federação da Rússia", assinala o documento.
A lista de países "hostis" com a Rússia elaborada pelo Governo russo inclui 49 Estados, onde se incluem todos os 27 Estados-membros da União Europeia, os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Suíça, Japão ou Austrália.