Madeira

“Estamos a ser vítimas da nossa transparência”

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“Estamos a ser vítimas da nossa transparência”. Foi desta forma que Pedro Ramos reagiu à notícia que faz a manchete do DIÁRIO desta quinta-feira e que dá conta de que, segundo o Relatório e Contas do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), no ano passado, metade das cirurgias foram realizadas fora do tempo, o mesmo acontecendo com as primeiras consultas da especialidade.

O secretário regional de Saúde e Protecção Civil, à margem da assinatura do contrato-programa com a Universidade da Madeira para financiamento do 3.º ano do curso de medicina, começou por dizer que o documento em causa “correspondente a um relatório de uma pandemia”, salientando que “toda a actividade do SESARAM foi constrangida e foi bloqueada pela ausência de profissionais que estavam positivos; pela ausência de cidadãos que tinham as suas intervenções marcadas, mas que se tornaram positivos e tiveram de ser adiada; e essencialmente pelo novo circuito e novo mecanismo que o Serviço Regional de Saúde deve de adoptar”, referindo-se à reorganização ditada pela covid-19.

Pedro Ramos valorizou, ainda assim, o aumento do número de cirurgias realizadas e a progressão de 40 para 55% das cirurgias que foram feitas em tempo adequado, mesmo com as contingências da covid-19.

“Provavelmente no próximo ano, quando apresentarmos o relatório de 2022, os resultados serão surpreendentemente demasiado positivos em relação ao ano anterior, que é o ano 2021, porque este ano, nós estamos com pandemia e estamos já com uma actividade loboral quase total, com todas as especialidades a funcionarem”, perspectiva o governante, pese embora as obras no bloco operatório que têm, ainda assim, condicionado o funcionamento pleno daquela unidade.