Madeira

Curso de medicina na UMa "fundamental" para fixar médicos na Região

Desde o ano passado que se realiza na Madeira o 3.º ano do curso. Desde 2004, 573 alunos estudaram medicina na academia madeirense

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A verba disponibilizada pelo Governo Regional para este curso ascenderá a 960 mil euros, ao fim de cinco anos. Esta manhã foi assinado o contrato-programa para a entrega de mais uma tranche, no valor de 200 mil euros.

Tanto do Governo Regional (GR) como a Universidade da Madeira (UMa) têm a aspiração de que o Curso de Mestrado Integrado em Medicina seja leccionado na íntegra na Região a médio prazo, estabelecendo a abertura do novo hospital como um marco importante para que tal seja uma realidade.

Até lá, o Executivo madeirense compromete-se a contribuir financeiramente para o desenvolvimento e melhoria dos três primeiros anos do curso que já se realizam integralmente na Universidade da Madeira.

Nesse âmbito, esta manhã foi assinado mais um contrato-programa entre o Governo Regional e a UMa com vista à entrega de mais uma tranche, no valor de 200 mil euros. As ajudas financeiras da Região a este curso devem somar 960 mil euros ao fim de cinco anos, valores que potenciam a formação. 

Na ocasião, Pedro Ramos fez questão de salientar que este curso tem sido “fundamental” para “a entrada dos nossos profissionais no Sistema Regional de Saúde”.

Desde 2004, quando teve início o Ciclo Básico do Curso de Medicina na Universidade da Madeira, até ao último ano lectivo, foram 573 os alunos que fizeram a sua formação inicial na Região. Segundo o secretário regional com a pasta da Saúde, cerca de 40% desses alunos fizeram o seu internato de formação geral na Madeira, “continuando a contribuir para o desenvolvimento do Sistema Regional de Saúde”. Muitos desses médicos, salientou o governante, hoje já especialistas, integram os quadros do SESARAM.

“Não falta muito” para curso integral na Madeira

Para Pedro Ramos, “não falta muito” para que todo o curso de medicina seja ministrado na Madeira. Além dos três primeiros anos que já são feitos cá, o secretário regional lembrou que o sexto ano também já se realiza na Região. “Faltam só o 4.º e o 5.º ano, que eu julgo que dentro cinco a 10 anos, e talvez mais cedo, possa ser uma realidade”, com o governante a assumir que o novo hospital, previsto estar concluído em 2027, é “um dos instrumentos” que poderá contribuir para a antecipação dessa aspiração.

Já Sílvio Fernandes, "neste momento nós temos de consolidar, do ponto de vista científico, do ponto de vista pedagógico o 3.º ano de medicina, e como é intenção da Universidade e das autoridades regionais ir lançando a ideia de progredir neste processo". 

O reitor da UMa lembra que este "é um processo que começou há algum tempo, está numa nova fase e a fase que vem a seguir vai corresponder à abertura do hospital novo, e nesse sentido queremos criar massa crítica". Entretanto, Sílvio Fernandes entende que "criando massa crítica e investigação científica associada, técnicos preparados, professores preparados, teremos condições para ter mais anos do curso de medicina na Madeira". Ainda assim, o reitor diz que "as coisas têm de ser feitas com segurança, com qualidade, que está sempre associada à ideia de universidade, e todos nós teremos muito a ganhar se isso acontecer".