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Ataque israelita com mísseis provoca danos no aeroporto de Aleppo no norte da Síria

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Quatro mísseis disparados por Israel atingiram hoje o aeroporto de Aleppo, no norte da Síria, adiantou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), enquanto a agência oficial de notícias Sana relatou danos materiais na infraestrutura.

"Por volta das 20:00 (18:30 em Lisboa), o inimigo israelita disparou mísseis contra o Aeroporto Internacional de Aleppo, o que causou danos materiais no aeroporto", frisou a agência de notícias.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou, por sua vez, que "quatro mísseis israelitas" atingiram a pista do aeroporto e armazéns ao redor.

Segundo a mesma fonte, os armazéns podem conter um carregamento de 'rockets' iranianos.

Esta organização não governamental (ONG) com sede em Londres, que tem uma extensa rede de fontes na Síria, acrescentou que os ataques provocaram incêndios e explosões, mas não relatou vítimas.

Mais de uma hora após o ataque em Aleppo, a Sana noticiou que a defesa aérea síria intercetou mísseis "inimigos" sobre Damasco, apontando que eram israelitas.

Em 25 de agosto, uma série de ataques israelitas "entre os mais violentos" contra posições de milícias iranianas causaram vítimas nas proximidades das cidades de Hama e Tartous (centro e oeste), segundo a ONG.

No domingo, Israel lançou um ataque aéreo contra uma instalação militar no oeste da Síria, comprovada por imagens de satélite que mostraram destruição generalizada num depósito que o OSDH disse servir para armazenar centenas de mísseis de médio alcance para combatentes apoiados pelo Irão.

Em junho, ataques aéreos israelitas deixaram temporariamente o Aeroporto Internacional de Damasco fora de serviço.

Nos últimos anos, Israel realizou centenas de ataques aéreos na Síria, visando posições do regime, bem como forças aliadas apoiadas pelo Irão e combatentes do movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.

Vizinho da Síria, Israel raramente comenta os ataques caso a caso, mas admitiu ter realizado centenas desde 2011, com o objetivo de impedir o avanço do Irão na região.