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PCP desafia Governo a ir além de "medidas paliativas" para combater efeitos da inflação

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Foto: Leonardo Negrão / Global Imagens

O PCP desafiou hoje o Governo a adotar mais do que "medidas paliativas e assistencialistas" para fazer face ao aumento do custo de vida para os portugueses, ao comentar a estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a inflação em agosto.

Em comunicado, o dirigente comunista Vasco Cardoso referiu que a inflação de 9,0% em agosto, de acordo com uma "estimativa rápida" do INE, está a "refletir uma acelerada perda do poder de compra, uma rápida desvalorização dos salários e das pensões e o empobrecimento de vastas camadas" da população.

"O que se impõe não são medidas paliativas e assistencialistas, mas sim aumentar salários e pensões para recuperar poder de compra", argumentou o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.

Na ótica do partido, também é necessário regular preços e taxar os lucros dos grupos económicos para "impedir a especulação" e apostar na produção nacional como método de aliviar a dependência externa.

Vasco Cardoso sustentou que "não é só a inflação que está a crescer vertiginosamente", mas também os lucros dos grupos económicos associados à energia, à grande distribuição, à banca e telecomunicações estão a "atingir níveis impressionantes", mas que são construídos "na base da especulação e do agravamento da exploração".

O PCP acusa o PS, o PSD, CDS-PP, Chega e IL de agirem "contra os interesses dos trabalhadores".