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Dívida do Brasil cai pela nona vez e fica em 77,6% do PIB

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A dívida pública do Brasil foi reduzida em julho pela nona vez consecutiva para 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB), em linha com o défice fiscal, que caiu para 3,83% do PIB, informou hoje o Banco Central.

A maior economia da América Latina diminuiu a sua dívida bruta em 0,4 ponto percentual face a junho, principalmente como resultado do "efeito do crescimento nominal do PIB" e "pagamentos líquidos da dívida", disse o órgão emissor em nota.

A dívida pública brasileira segue tendência de queda desde que atingiu 90% do PIB no início do ano passado, momento em que o Governo central desencadeou gastos para mitigar os impactos da pandemia de covid-19.

A arrecadação recorde de impostos, aliada à leve recuperação dos principais indicadores macroeconómicos, tem permitido reduzir a percentagem da dívida em relação ao PIB.

Por outro lado, o défice fiscal nominal brasileiro, que inclui o resultado do setor público primário e o pagamento de juros da dívida, também foi reduzido de 4,23% do PIB em junho para 3,83%.

A queda foi possível graças ao facto de o Brasil ter registado excedente primário em julho passado, que inclui as contas dos Governos federal, regional e municipal, e de algumas empresas públicas, embora sem incluir juros, de 20,4 mil milhões de reais (cerca de 4 mil milhões de euros).

Esse número foi recorde para o mês desde o início da série histórica, em dezembro de 2001.

A economia brasileira regista uma leve fase de crescimento após a subida de 4,6% em 2021 face à queda de 3,9% registada em 2020 devido aos efeitos da pandemia, embora o país ainda sofra com uma inflação de 10% no ano anterior.

Para 2022, o Governo brasileiro prevê uma expansão do PIB de 2%, em linha com as expectativas do mercado financeiro e ligeiramente acima dos 1,7% previstos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).