Macau abre portas à entrada da maioria dos estrangeiros
Macau vai permitir, a partir de quinta-feira, a entrada da maioria dos estrangeiros, pela primeira vez desde março de 2020, no início da pandemia de covid-19, anunciou hoje o Governo da região administrativa especial chinesa.
Segundo um despacho assinado pelo líder do Governo, Ho Iat Seng, são revogadas as restrições atualmente em vigor, permitindo a estrada de "não residentes provenientes de outros países ou regiões designados pela autoridade sanitária, mediante avaliação do risco de epidemia e tendo em conta as necessidades reais de circulação de pessoas".
O despacho sublinha, no entanto, que os estrangeiros terão de cumprir "as condições de entrada definidas" pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM).
De acordo com um comunicado divulgado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, será permitida a entrada de trabalhadores não residentes e familiares de residentes, assim como viajantes de 41 países, incluindo o Brasil.
Ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China continental, quem chega do estrangeiro continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de "auto-vigilância médica" que pode ser feita em casa.
Macau fechou as fronteiras a estrangeiros sem o estatuto de residente em março de 2020.
Em abril deste ano, o território tinha levantado as restrições fronteiriças a trabalhadores filipinos, estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, como professores portugueses. A isenção foi mais tarde alargada a trabalhadores oriundos da Indonésia.
Em maio, a região aprovou a entrada de todos os portugueses não residentes no território, assim como de cônjuges estrangeiros e filhos menores de residentes locais.
Macau segue a política de zero casos imposta por Pequim, apostando na testagem massiva da população e em confinamentos para evitar a propagação dos casos de covid-19.
A região administrativa especial chinesa registou seis mortos e pouco mais de 1.800 casos desde o início da pandemia.