Dois elementos das forças de segurança Talibã mortos em tiroteio em Cabul
Pelo menos dois elementos das forças de segurança do Governo Talibã do Afeganistão e vários insurgentes foram hoje mortos num tiroteio num bairro residencial de Cabul, habitado sobretudo pela minoria xiita, revelou uma fonte da polícia.
"Vários elementos do inimigo morreram e uma pessoa foi presa" durante uma operação que durou mais de quatro horas e levou as forças de segurança afegãs ao esconderijo dos insurgentes, disse à agência Efe um porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran.
No entanto, o ataque resultou na morte de dois elementos das forças de segurança, enquanto outros quatro ficaram feridos, acrescentou Zadran.
Segundo o porta-voz, os insurgentes "estavam a ameaçar alvos civis em várias zonas do país, incluindo em Cabul".
A operação desenrolou-se no bairro residencial de Karete Sakhi, uma área predominantemente xiita, no oeste de Cabul, que já sofreu ataques do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no passado.
Por ocasião do início do mês islâmico de Muharram, esta minoria muçulmana realiza vários eventos religiosos em diversas províncias do Afeganistão, incluindo Cabul, que estão na mira do EI.
O grupo jihadista tem entre os seus principais alvos os xiitas, que considera apóstatas, e tem realizado diversos ataques contra esta minoria.
Em 21 de abril, o EI reivindicou um ataque com explosivos numa mesquita xiita, no qual 12 pessoas morreram e 34 ficaram feridas, a meio do mês sagrado muçulmano do Ramadão.
Nessa mesma semana, outras seis pessoas morreram e quinze ficaram feridas após outro ataque com explosivos em vários centros educativos da minoria xiita hazaras, no oeste de Cabul.
Desde que os Talibã chegaram ao poder, os fundamentalistas têm lançado várias operações contra o EI em vários pontos do país, desejosos de demonstrar que o seu regresso significa, também, o fim da violência no país, mas sem sucesso.
A garantia de segurança e o controlo dos jihadistas foi uma das grandes reivindicações dos Talibã nos territórios sob o seu controlo durante a guerra com o Governo deposto e as forças internacionais.