Madeirenses "felizes" com o regresso do RVM mas "rali antigo" tinha algo de especial
DIÁRIO ouviu algumas pessoas sobre a maior prova automóvel na Região
Leia a recolha de opiniões das estagiárias Constança Veloza e Francisca Jardim
Após dois anos de pandemia e de várias restrições, o povo madeirense finalmente tem a oportunidade de sair à rua livremente, para apoiar o evento desportivo, que é uma das tradições mais queridas e antigas na Região: o Rali Vinho Madeira (RVM), que se realiza nos próximos dias.
Rali Vinho Madeira de A a Z, protagonistas, fotos e histórias
Veja o trabalho de evocação das memórias do RVM, feito pelo estagiário Guilherme Gouveia
O entusiasmo e a alegria são notórios, no entanto, nem todos têm a oportunidade de se deslocarem para os locais de competição, acompanhando em casa, pela televisão, pela rádio e pela Net.
Ermelinda Gomes, 54 anos, é uma das adeptas do RVM, acompanha de perto a competição e espera que a segurança seja um factor a ter em conta, tanto por parte dos pilotos como por parte do público.
“Acompanho o RVM todos os anos, excepto os que não houve e faço questão ir ver pelo menos uma etapa, normalmente, costumo acompanhar na Encumeada. Espero que os pilotos madeirenses tenham uma expressão significativa e que não haja acidentes e que as pessoas se consigam controlar e não ir para a estrada. É uma das tradições mais antigas e um factor cativante quer para o turismo, quer para os locais. Sem dúvida senti falta deste evento, porque é um polo atractivo e um motivo para as pessoas saírem de casa para poderem estar na natureza e mesmo cá em baixo nas provas de classificação e nas entregas de prémios”. Ermelinda Gomes
Este evento anual também é fundamental para o sector turístico, uma vez que conta com a participação de pilotos estrangeiros e alia o espírito competitivo à beleza paisagística da ilha. Para além disso, muitas são as pessoas que vêem o rali como uma forma de reforçar os convívios e desfrutar do momento de lazer.
Tal como Carolina Gouveia, de 42 anos:
“Acho que é um evento que dinamiza muitos outros encontros entre as pessoas, mesmo quem não acompanha a corrida, gosta de lá ir ver os carros ou aproveitar o convívio. Acho que traz muitas pessoas à Madeira, é um evento que está muito aliado à nossa história de Verão”. Carolina Gouveia
Por outro lado, há quem não acompanhe o rali actual, sendo a "perda de qualidade" uma das razões mais apontadas. Como é o caso de Carolina Gouveia que preferia o rali da geração de Américo Campos.
“Agora já não, mas acompanhei quando era mais pequenina e gostava muito da geração de Américo Campos, por exemplo e não do Bernardo Sousa”. Carolina Gouveia
Também Marcos Bettencourt, 28 anos, não acompanha o rali da época pela mesma razão.
“Não costumo acompanhar. Gostava do Rali Vinho Madeira, gostava quando tinha o ‘Intercontinetal Rally Challenge’ (IRC). Acho que o rali perdeu um pouco a qualidade, ainda assim faz parte da nossa cultura e é importante, mas acho que devíamos evoluir e continuar a conseguir ter campeonatos de rali europeu porque traz muitos estrangeiros e isso vai conseguir trazer mais turismo para a Madeira”. Marcos Bettencourt
Noutro sentido, Catarina Gomes, de 24 anos, diz que alterna em ver na serra e na TV.
Enaltece a importância da prova em termos turísticos.
Já Leónidas Baptista, de 61 anos, diz que o RVM é uma "tradição que gosta de ver" cá em baixo (Funchal) e na serra.
"Espero que seja bom e que tudo corra pelo melhor" Leónidas Baptista