Paquistão destaca luta contra terrorismo após morte do líder da Al-Qaida
O Paquistão destacou ontem o seu papel na luta contra o terrorismo, após o anúncio feito pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, de que o líder da Al-Qaida, Ayman al-Zawahiri, foi morto numa operação antiterrorista dos Estados Unidos em Cabul.
"O Paquistão condena o terrorismo em todas as suas formas e manifestações. O papel e os sacrifícios do Paquistão na luta contra o terrorismo são bem conhecidos", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês num curto comunicado.
"O Paquistão defende a luta contra o terrorismo de acordo com o direito internacional e as resoluções da ONU", acrescenta a nota em resposta a questões colocadas pelos media ao longo do dia.
Joe Biden confirmou segunda-feira de madrugada (noite de segunda-feira em Washington) a morte de Al-Zawahiri no Afeganistão, após uma operação antiterrorista que permitiu "fazer justiça" ao eliminar um dos mentores dos ataques do 11 de setembro de 2001.
De acordo com a Casa Branca, Al-Zawahiri tinha-se mudado com a família para a casa no Afeganistão no início deste ano, vindo do Paquistão.
Ayman Al-Zawahiri assumiu a liderança da organização terrorista após a morte de Osama bin Laden, numa operação norte-americana no Paquistão, em 2011.
Após a morte de Bin Laden no seu solo, o Paquistão destacou os seus esforços para eliminar o terrorismo, referindo o papel da sua agência de investigação e informação nessas operações, partilhando informações úteis com outros serviços secretos.
Agora, o foco está no governo talibã do Afeganistão e na suposta proteção que ofereceu a Al-Zawahiri, em violação do acordo de Doha assinado em fevereiro de 2020 com os Estados Unidos, que levou à retirada das tropas norte-americanas do país após duas décadas de conflito.
A saída dos EUA foi feita na condição, entre outros pontos, de o Afeganistão não voltar a ser um santuário para terroristas, como aconteceu durante o anterior regime talibã, entre 1996 e 2001, marcado pelo apoio a Osama bin Laden e aos ataques de 11 de setembro, algo que os talibãs aparentemente não cumpriram.