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Áustria diz que estado actual do mercado europeu de energia é "uma loucura"

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O chanceler austríaco, Karl Nehammer, considerou hoje a situação atual do mercado europeu de energia "uma loucura" e exigiu a desvinculação do preço da eletricidade do preço do gás, atualmente num máximo histórico.

"Devemos acabar com esta loucura nos mercados energéticos. E só podemos consegui-lo com uma solução europeia" , afirmou Nehammer em conferência de imprensa, depois de o governo austríaco, formado por democratas-cristãos e ecologistas, ter feito uma reunião de crise para discutir os preços do setor da energia.

Para o chanceler austríaco, a Europa não pode permitir que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, decida diariamente sobre o preço europeu da eletricidade.

Na reunião de crise de hoje ficou a saber-se que o fornecedor de energia Wien Energie, gerido pelo município de Viena, enfrenta problemas de liquidez para poder comprar eletricidade aos mercados internacionais e precisa de 1.700 milhões de euros de garantia do Estado austríaco.

Na semana passada, também a Alemanha revelou que está a equacionar a desvinculação, no médio prazo, do preço do gás e da eletricidade para evitar que se contagiem entre si, em caso de aumento dos preços, no âmbito da reforma do mercado energético.

Em França, o governo de Elisabeth Borne afirmou que vai amortecer o aumento do preço da energia para os consumidores e não descartou a hipótese de um imposto especial para as empresas com maior margem de lucro.

A ameaça do corte de fornecimento de gás russo à Europa levou a Comissão Europeia a definir este mês metas de poupança e os Estados-membros a preparar planos de redução do consumo de energia, para evitar escassez no inverno.

Os planos variam, consoante o grau de dependência de cada país do gás russo, e incluem medidas que vão desde montras desligadas durante a noite até ao aumento da temperatura do ar condicionado durante o verão.