Mais de 240 operacionais combatem fogos em Mondim de Basto e Cabeceiras de Basto
Os incêndios em Mondim de Basto (Vila Real) e Cabeceiras de Basto (Braga) eram os que exigiam, pelas 21:00, "maior atenção" por parte da Proteção Civil, com ambos a arder "em duas frentes", mobilizando mais de 240 operacionais.
"Neste momento, temos três incêndios em curso, sendo que dois deles são aqueles que estamos a monitorizar com mais alguma atenção, porque movimentam mais meios", disse à agência Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), num balanço pelas 21:00.
Um dos incêndios ativos que levanta maior preocupação é o que lavra na localidade da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, distrito de Vila Real, que teve início hoje, pelas 15:44, e que esta noite, pelas 21:00, estava a ser combatido por 150 operacionais e 46 meios terrestres, de acordo com a ANEPC.
"Arde em duas frentes, uma delas a evoluir com alguma intensidade", informou a Proteção Civil, pelas 21:00, adiantando que para este fogo, no concelho de Mondim de Basto, estão a ser recolocados e reforçados meios no local "para proceder ao combate e, eventualmente, a defesa perimétrica a algumas habitações que possam estar no caminho do incêndio, embora não haja habitações ameaçadas neste momento" (21:00).
O outro fogo que exige "maior atenção" é o que deflagrou hoje, pelas 15:11, na localidade de Paneladas, em Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, que lavra numa zona de pinhal, "em declive acentuado", e que, pelas 21:00, estava a ser combatido por 98 operacionais e 29 meios terrestres, segundo informação do 'site' da ANEPC.
Fonte da Proteção Civil disse à Lusa que "este incêndio está a arder em duas frentes, tem equipas de trabalho em todo o perímetro do incêndio e o que está a dificultar o combate são os difíceis acessos e o vento que se faz sentir no local".
Uma das frentes deste fogo na localidade de Paneladas "dirige-se para algumas habitações, mas está a arder com pouca intensidade e já estão colocados meios para que não haja qualquer problema com as habitações", adiantou a mesma fonte, sem conseguir prever quando é que o incêndio pode ser dominado.
Para ambos os fogos estão a ser reforçados os meios terrestres para apoiar no combate, referiu a ANEPC, informando que, até ao momento, não há registo de feridos, "nem operacionais, nem civis".
Sobre quando é que estes incêndios podem entrar em resolução, a Proteção Civil disse que "tudo depende do vento, tudo depende dos acessos, mas é prematuro estar a fazer uma previsão que possam ou não vir a ser dominados durante a noite".
Entre os fogos que marcaram o dia de hoje está o incêndio que começou na sexta-feira em Casteleiro, Sabugal, no distrito da Guarda, que se encontra em resolução, desde as 13:15, mas que, pelas 21:00, continuava a mobilizar 110 operacionais, apoiados por 29 viaturas.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou na sexta-feira mais de 50 concelhos dos distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Viseu, Coimbra e Castelo Branco em perigo máximo de incêndio rural.
O IPMA colocou também vários concelhos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real, Bragança, Viseu, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Guarda, Santarém, Portalegre, Lisboa, Beja e Faro em perigo muito elevado e elevado de incêndio rural.
O perigo de incêndio rural vai manter-se elevado em algumas regiões do continente pelo menos até terça-feira, indicou o instituto.
O perigo de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.