Amnistia quer que governo venezuelano pare de atacar defensores de direitos humanos
A Amnistia Internacional (AI) exigiu na quinta-feira que o governo venezuelano cessasse os "ataques" contra os defensores dos direitos humanos no país, cujo trabalho, na opinião da organização, deve ser protegido.
"Exigimos que o governo de Nicolás Maduro cesse os ataques contra os defensores dos direitos humanos e a sociedade civil na Venezuela. Aqueles que defendem e acompanham as vítimas de violações dos direitos humanos devem ser protegidos e não punidos", disse a AI na sua conta no Twitter.
Os "ataques e ameaças" contra ativistas e defensores dos direitos humanos constituem "um elemento da política de repressão instituída pelas autoridades sob o comando de Nicolás Maduro", uma realidade "que tem vindo a piorar nos últimos anos", considerou a organização.
Os funcionários da migração no Aeroporto Internacional de Maiquetia, que serve Caracas, impediram o advogado Alonso Medina de deixar o país na quarta-feira, segundo a Coligação para os Direitos Humanos e a Democracia.
Alonso Medina, de acordo com a sua defesa, esteve retido durante duas horas e foi depois levado para a sede da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), localizada no aeroporto, por "alegadamente ter um alerta que o proibia de sair do país".
O advogado foi um defensor, entre outros opositores do governo, do Tenente Comandante Rafael Acosta Arévalo, que foi assassinado enquanto estava sob custódia da Direção de Contra inteligência Militar (DGCIM), um ato pelo qual dois oficiais militares foram condenados por tortura e homicídio.