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Jornalistas mexicanos em protesto exigem justiça após último homicídio

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Foto EPA

Cem jornalistas protestaram na quarta-feira em frente à sede da Procuradoria-Geral do México (FGR) para exigir justiça, depois do homicídio de Fredid Román, na segunda-feira, no sudoeste do país, o 15.º repórter morto este ano.

Os jornalistas encerraram simbolicamente a entrada nos escritórios da FGR, colocando fotografias com os rostos dos 40 jornalistas assassinados desde que o novo governo tomou posse, no final de 2018.

Os repórteres também desenharam silhuetas de homicídios no chão e acenderam velas para honrar a memória das vítimas.

Os profissionais da comunicação social exigiram justiça e o fim da violência contra a imprensa.

"Expressamos a nossa profunda indignação, preocupação e repúdio por estes assassínios e pelos ataques à profissão, reiteramos a nossa exigência de justiça", disse o jornalista Rodolfo Montes no evento.

Montes disse hà uma semana ao Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que recebera ameaças de morte e temia pela vida.

Esta quarta-feira, o funeral e o enterro do jornalista Román decorreu num ambiente de ansiedade e realizado sob proteção policial.

Com o assassínio de Fredid Román, 15 jornalistas foram mortos em Guerrero, desde 2000 até à data.

Pelo menos 154 jornalistas foram assassinados no México, desde 2020, em crimes possivelmente relacionados com o trabalho que desenvolviam, de acordo com dados da representação no país do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

Durante a atual administração do Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que começou o mandato em dezembro de 2018, registaram-se cerca de duas mil agressões contra a imprensa no país, incluindo 40 homicídios, 15 neste ano.