PR envia carta a Zelensky e defende "legítimas aspirações europeias" de Kiev
O Presidente da República português enviou hoje uma carta de felicitações ao seu homólogo ucraniano pela comemoração do Dia da Independência da Ucrânia na qual defende a importância de Kiev "perseverar nas suas redobradas legítimas aspirações europeias".
Numa nota publicada no 'site' da Presidência é referido que o "Presidente da República enviou uma carta de felicitações ao Presidente Zelensky por ocasião das comemorações do Dia Nacional da Ucrânia, salientando a celebração do 31.º aniversário da independência da Ucrânia".
A missiva foi entregue "pessoalmente pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal ao Presidente Zelensky", é indicado.
"Reafirmando o seu empenho, bem como o de todos os portugueses, no estreitamento dos laços bilaterais de amizade e de cooperação que unem os dois países, o Presidente da República salientou a importância de se continuar a pugnar pelo diálogo e pelo multilateralismo enquanto veículos fundamentais para a paz e segurança internacionais e sublinhou a relevância da Ucrânia perseverar nas suas redobradas legítimas aspirações europeias", lê-se na nota.
Na carta, Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda o "relacionamento amigo entre os dois Presidentes".
A Ucrânia comemora hoje o Dia da Independência, na mesma data em que se cumprem seis meses da ofensiva militar da Rússia contra o país, iniciada em 24 de fevereiro.
A celebração da independência ucraniana - declarada em 24 de agosto de 1991, pouco antes da dissolução formal da União Soviética, de que fazia parte, - é assinalada com restrições e medidas adicionais de segurança um pouco por todo o país, devido ao receio de mais ataques russos numa semana de forte simbolismo.
Ao longo dos últimos seis meses, o conflito no território ucraniano deixou um rasto de destruição no país, provocou um número incerto de vítimas civis e de prisioneiros, mobilizou milhões em ajuda militar e humanitária e suscitou sanções contra Moscovo e várias mudanças no cenário geoestratégico mundial.
A ONU já confirmou a morte de mais de 5.500 civis, mas continua a alertar que o número será consideravelmente superior.