Boris Johnson assinala patriotismo dos ucranianos no Dia da Independência
O primeiro-ministro britânico elogiou hoje o patriotismo do povo ucraniano, por ocasião do Dia da Independência da Ucrânia que se assinala quarta-feira, ao mesmo tempo que se cumprem seis meses de conflito com a Rússia.
"Não há força na Terra que possa superar o patriotismo de 44 milhões de ucranianos", realçou Boris Johnson, em comunicado divulgado por Downing Street, residência oficial e gabinete do primeiro-ministro do Reino Unido.
O governante, que será substituído como primeiro-ministro no início de setembro pelo vencedor das primárias do Partido Conservador, recordou o "dia incrível em 1991, quando os ucranianos saíram às ruas para comemorar que seu país tinha renascido como Estado soberano".
"Hoje, a independência da Ucrânia está ameaçada novamente e seu povo está a lutar com força e coragem para defender as suas casas e famílias e preservar o seu direito de decidir o seu próprio destino", acrescentou.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro, o Reino Unido entregou a Kiev "mais armas defensivas do que qualquer outro país da Europa, incluindo 7.000 mísseis antitanque", salientou Boris Johnson.
O chefe do governo britânico sublinhou também que o Reino Unido recebeu mais de 100.000 ucranianos que fugiram da guerra.
"Chegará o dia em que a Ucrânia superará esta provação e alcançará a vitória e, quando chegar a hora, porque chegará, nós no Reino Unido teremos ainda mais orgulho de sermos amigos da Ucrânia", concluiu.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Na guerra, que hoje entrou no seu 181.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.