O Serviço Regional de Protecção Civil, acompanhado pelo Serviço Municipal de Protecção Civil do Funchal, esteve empenhado no resgate das vítimas da derrocada que aconteceu, esta tarde, no Caminho do Ribeiro da Ponte da Laranjeira (ao lado da Estrada da Vitória), no Funchal, provocando uma vítima mortal.

"Neste momento podemos afiançar que a terceira vítima é cadáver e estamos a aguardar a chegada do delegado de saúde para a certificação do óbito", afirmou o comandante operacional regional do Serviço Regional de Protecção Civil em declarações aos jornalistas.

Derrocada na zona da Vitória faz uma vítima mortal

A terceira vítima que estava soterrada na sequência do desabamento de uma gruta, que servia de anexo à cozinha de uma casa no Caminho do Ribeiro da Ponte da Laranjeira, na zona da Vitória, no Funchal, foi encontrada sem vida, confirmou ao DIÁRIO um familiar.

Para o local foram destacados cerca 30 elementos dos corpos dos Bombeiros Sapadores do Funchal, Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos e socorristas da Cruz Vermelha Portuguesa. 

"Não foi uma situação fácil de resolver, atendendo ao espaço exíguo que havia no local, contudo os corpos de bombeiros que estiveram empenhados nesta missão fizeram um esforço hercúleo no sentido de conseguir efectivamente retirar duas pessoas com vida e retirar o cadáver do meio dos escombros", sublinhou o subintendente Marco Lobato, adiantando que as restantes vítimas (pai e filha) estavam "bem de saúde" quando foram transportadas ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, através de duas equipas de emergência médica.

A laborar na área de sinistro esteve também uma equipa do BREC (grupo especializado em busca e resgate em estruturas colapsadas), da Guarda Nacional Republicana (GNR), bem como elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), "a fazer o perímetro de segurança e accionar os meios necessários para a terceira vítima".

Entretanto, o SESARAM convocou uma conferência de imprensa, para as 18h30, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde fará declarações sobre o estado das vítimas resgatadas.

Quanto à origem do deslizamento, o responsável da Protecção Civil explicou o seguinte: "O que tivemos aqui foi uma situação de um muro de suporte que colapsou nas traseiras de uma residência (...) Esse muro acabou por colapsar por força das águas e da terra e esse colapso caiu sobre uma gruta, onde se encontravam as três vítimas".

"À partida supõe-se que sejam as águas de rega que se tenham infiltrado no muro com muita terra, o que fez com que o muro cedesse", reforçou Marco Lobato.