A Secretaria Regional de Saúde e Protecção Civil, através do IASAÚDE assinou, esta manhã, dois contractos-programa que se constituem como apoios financeiros, no valor de 5.000 euros cada, a duas instituições regionais, a Delegação Regional da Associação para o Planeamento da Família e com a Associação para as pessoas com Autismo 'Os Grandes Azuis'.

Na cerimónia, que decorreu no auditório do IASAÚDE, o secretário regional de Saúde, Pedro Ramos, sublinhou que se tratam de duas instituições de áreas distintas (saúde mental e doenças infecciosas) que estão relacionadas com qualquer missão e serviço do Sistema Regional de Saúde que são "a protecção e promoção da saúde e a prevenção da doença", de forna a permitir a existência de uma "sociedade mais saudável e responsável".

"Será sempre com acções desta natureza que vamos procurar sensibilizar a nossa população para a responsabilidade e rigor que temos de viver em sociedade, porque de facto temos que estar preocupados com a nossa saúde e dos outros", afirmou, reforçando que só assim é que será possível "educar e transmitir atitudes" que vão permitir um aumento da literacia em saúde.

Na mesma ocasião, Bruno Freitas, do ISAÚDE, salientou que estes dois projectos são importantes tanto para o investimento da literacia na saúde, como também na consolidação da proximidade de cada utente com o sistema de saúde.

Da parte da Associação 'Os Grandes Azuis, a presidente Ana Luísa Caires, explicou que este apoio vai permitir "dar continuidade e alavancar os projectos" da associação, que depois da pandemia viu "quase triplicar" o número de pedidos ajuda com pessoas com autismo, principalmente os casos de crianças e jovens. "Tínhamos cerca de 40 a 50 crianças, em 2020, e estamos agora com 130/140", frisou. Deste modo, a presidente explica este tipo de apoios são importantes para ajudar nas terapias, na realização de campos de férias, na partilha de experiências dos familiares e cuidadores, entre outros.

Por sua vez, Luísa Lopes, da Delegação Regional da Associação para o Planeamento da Família, explicou que o protocolo vai ser benéfico para a continuidade do projecto 'Sem Riscos'. "Estamos em campo desde 2017, com a pesquisa do vírus HIV, na forma de um teste rápido, em que conseguimos rapidamente chegar à população em vários nichos a que temos acesso e em 2019 conseguimos implementar também estes mesmos testes rápidos para o vírus da Hepatite C", afirmou, realçando que a realização destes testes é crucial para irradicação da Hepatite C na Região até 2030. "É um objectivo da Direcção Regional de Saúde, nós sabemos que é teoricamente possível e ficamos contentes por fazermos parte desta luta e queremos que a tendência seja de diminuir os casos", sublinhou.