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BP perde 10.826 milhões de euros no 1.º semestre devido à saída da Rússia

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A BP perdeu 11.127 milhões de dólares (10.826 milhões de euros) no primeiro semestre por ter saído da Rosneft no primeiro trimestre, contra um lucro de 7.783 milhões de dólares (7.574 milhões de euros) no mesmo período de 2021.

Num comunicado enviado hoje à Bolsa de Londres, a BP disse, no entanto, que no segundo trimestre do ano -- abril a junho -- registou um lucro atribuível de 9.257 milhões de dólares (9.008 milhões de euros), triplicando o lucro realizado no mesmo trimestre do ano passado.

Este é considerado o segundo maior lucro da sua história.

As receitas totais do primeiro semestre atingiram 120.726 milhões de dólares (117.490 milhões de euros).

De acordo com a companhia petrolífera, no primeiro trimestre teve um encargo fiscal de 24.400 milhões de dólares (23.746 milhões de euros) devido à decisão de abandonar a sua participação de 19,75% na Rosneft e outros negócios que tinha com a Rosneft na Rússia.

No primeiro semestre, a empresa registou uma perda antes de impostos de 2.294 milhões (2.232 milhões de euros), em comparação com um lucro antes de impostos de 13.096 milhões (12.745 milhões de euros) no mesmo período de 2021.

As compras entre janeiro e junho atingiram 66.949 milhões de dólares (65.154 milhões de euros), enquanto as despesas de produção foram de 14.576 milhões de dólares (14.185 milhões de euros) no mesmo período, acrescenta a companhia petrolífera, que divulga os seus resultados em dólares porque é essa a moeda em que o petróleo bruto é comercializado.

Além disso, a empresa reduziu a sua dívida líquida na primeira metade de 2022 para 22.816 milhões de dólares (22.204 milhões de euros), ou seja, menos 30% do que na mesma metade de 2021.

O CEO (Chief executive Officer, presidente executivo) da BP, Bernard Looney, disse hoje que os resultados mostram que a empresa trabalhou "arduamente" no segundo trimestre para "entregar o petróleo e o gás de que o mundo precisa hoje" enquanto investe para acelerar a transição energética".

A BP recorda também que já anunciou a intenção de colaborar com a Iberdrola para desenvolver centros de produção de hidrogénio verde em grande escala em Espanha, Portugal e no Reino Unido.