"Se não fossem os monopólios teríamos o ferry todo o ano", diz o JPP
Élvio Sousa acusou, hoje, Miguel Albuquerque de estar "refém de alguns monopólios que mexem os cordelinhos ao nível regional" no que diz respeito à "necessária e vital ligação Ferry todo o ano, de passageiros e mercadorias".
"Miguel Albuquerque não cumpriu a palavra dada aos cidadãos da Madeira e Porto Santo, e é por demais evidente que se os monopólios não mandassem no governo PSD/CDS, teríamos o Ferry todo o ano", declarou o presidente do Grupo Parlamentar do Juntos Pelo Povo (JPP) citado em nota de imprensa.
O deputado recorda as afirmações do líder do executivo regional, em 2015, quando prometeu baixar o preço do transporte de mercadorias, por via da ligação ferry à Madeira, "contra quem for".
"Palavras ocas, rapidamente esquecidas pelo presidente do Governo que não tem mexido uma palha para procurar alternativas viáveis junto da diplomacia comercial, nomeadamente, dos operadores europeus que aguardam um contacto oficial do Governo Regional da Madeira", atira agora Élvio Sousa, apontando que "ao contrário da tese alimentada e repetida pelo PSD/CDS e por alguns supostos benfeitores ao serviço dos monopólios que impedem a diversificação da economia da Região, a ligação ferry não precisa de ser subsidiada".
"Basta, para o efeito, que o Governo PSD/CDS não arranje desculpas e barreiras e faça concursos abertos e não viciados", insiste.
"É fundamental que o Governo concretize a isenção total de taxas, que crie uma rampa exclusiva dedicada com terrapleno de apoio (que ainda não realizou), e que deixe de mandar para a República o cumprimento das suas próprias promessas aos cidadãos",a crescenta.
No entender do JPP "o ferry é um transporte viável para introduzir concorrência no preço dos fretes do transporte contentorizado", que recorda que "o Armas já deteve 10% do transporte de mercadorias da Região".
"É evidente, que quando a Autoridade da Concorrência, numa decisão de 2015, afirmou que existe verticalização do transporte de mercadorias na Região Autónoma da Madeira (integração vertical), o ferry de transporte de passageiros e mercadorias parece constituir um alvo a abater pelos grupos monopolistas", reforça.