Pelo menos 14 mortos e 38 feridos em ataque de forças governamentais em Aleppo
Pelo menos 14 pessoas morreram e 38 ficaram feridas num bombardeamento a um mercado e áreas residenciais em Al-Bab, na província de Aleppo (norte), disseram hoje ativistas locais, que responsabilizaram pelo ataque forças ligadas ao Governo sírio.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) - com sede em Londres, mas com fontes dentro da Síria - referiu que pelo menos cinco crianças morreram neste bombardeamento, sobre o qual nem o Exército e nem o Governo sírio se pronunciaram.
Tratou-se do "massacre mais horrível cometido nos últimos meses pelas forças do regime" de Damasco, adiantou o OSDH.
A organização não-governamental (ONG) sublinhou ainda que este bombardeamento foi uma retaliação pela morte de três soldados sírios num ataque alegadamente realizado na terça-feira pela aviação turca nesta mesma região, no qual outros seis militares ficaram feridos.
Tal como norte da Síria em geral, a região de Aleppo foi palco de três grandes operações turcas desde 2016.
As forças de Ancara entraram 30 quilómetros no país para lutar contra as Unidades de Proteção Popular (YPG), milícias curdas ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), declaradas pela Turquia como organização terrorista.
A Turquia declarou-se contra o Presidente sírio, Bashar al-Assad, e apoiou as forças rebeldes sírias que exigem a sua retirada do poder.
A guerra na Síria, que começou em março de 2011, custou a vida de centenas de milhares de pessoas e levou ao deslocamento de metade da população do país, de 23 milhões de pessoas.
Com a ajuda dos seus aliados, a Rússia e o Irão, as forças do Presidente Al-Assad controlam agora a maior parte da Síria.