Sobe para 34 o número de suspeitos de instigarem motins mortais na África do Sul
A polícia sul-africana deteve hoje mais oito pessoas suspeitas de estarem entre os "instigadores" dos distúrbios que resultaram na morte de 350 pessoas em julho de 2021, o pior foco de violência desde o fim do apartheid.
"O número total de pessoas que compareceram até agora [em tribunal] ascende a 34. A fiança foi fixada em 3.000 rands [176 euros] por cada pessoa, com condições", anunciou à imprensa local a porta-voz da Autoridade Nacional de Acusação (NPA), equivalente ao Ministério Público.
Natasha Ramkissoon-Kara adiantou que os 34 suspeitos, que se encontram em liberdade condicional após o pagamento de caução, irão comparecer novamente em tribunal no próximo dia 26 deste mês.
De acordo com a mesma fonte, as autoridades sul-africanas antecipam a detenção de mais pessoas enquanto decorrem as investigações da polícia às causas e organização dos violentos tumultos e saques na província de KwaZulu-Natal (leste) e em Joanesburgo, que matou mais de 350 pessoas.
Mais de 8.000 incidentes foram registados pela polícia, resultando em 5.500 detenções, sendo que 2.435 casos ainda aguardam julgamento.
Inicialmente desencadeada pela prisão do ex-presidente Jacob Zuma, condenado por desacato à justiça, a violência também foi um sinal de um clima social e económico tenso que se vive no país.