De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) para o 2.º trimestre de 2022, existiam 20.707 postos de trabalho na Administração Regional da Madeira (ARM) a 30 de Junho de 2022, uma diminuição de 40 postos de trabalho (-0,2%) face ao trimestre anterior, mas um aumento de 506 postos de trabalho (+2,5%) em relação ao mesmo período do ano passado. "Comparativamente ao final de 2011 (quando se começou a divulgar estes dados) houve uma diminuição de 646 postos (-3,0%)", diz a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM).

Acresce que o Instituto de Segurança Social da Madeira - "que segundo a classificação de unidades institucionais deve ser apresentado separadamente da ARM - contabilizou 1.300 postos de trabalho" em 30 de Junho de 2022, "aumentando 1 posto (+0,1%) face ao trimestre anterior", realça. "Em termos homólogos verificou-se uma diminuição de 65 postos (-4,8%)" e  "em comparação com 31/12/2011 havia menos 111 postos (-7,9%)".

A informação divulgada esta manhã pela DREM já havia sido divulgada pela Direção Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) - entidade responsável pela compilação da informação relativa aos recursos humanos dos órgãos e serviços da administração do Estado a nível nacional - na terça-feira passada.

"Todos os subsetores da Administração Pública apresentaram aumentos nos postos de trabalho face ao período homólogo, com destaque para a Administração Regional dos Açores (+5,1%) seguido pela ARM (2,5%) e pela Administração Local (+2,3%). Os Fundos de Segurança Social (+1,2%) e a Administração Central (+1,1%) foram os subsetores nos quais se verificou um crescimento menos expressivo. No cômputo das Administrações Públicas, a variação homóloga foi de +1,5%", sintetiza.

"Comparativamente ao trimestre anterior, a Administração Regional dos Açores (+1,6%) e a Administração Local (+1,0%) foram as únicas a apresentar um aumento, bem como um crescimento acima da média das Administrações Públicas (+0,1%). Os subsetores da ARM, da Administração Central, dos Fundos da Segurança Social apresentaram um decréscimo de 0,2%", compara.

Na "análise por carreira/grupo mostra que a contratação de trabalhadores para carreiras de técnico superior (saldo líquido entre entradas e saídas de (+152), assistente operacional (+110), assistente técnico/administrativo (+74), médico (+39), enfermeiro (+20) e de técnico de diagnóstico e terapêutica (+19), explica o crescimento homólogo no 2.º trimestre de 2022. Ao invés, a carreira de administração tributária e aduaneira (-8) e oficial dos registos e do notariado (-3) apresentaram diminuições em relação ao período homólogo", afiança.

Na análise da repartição do emprego público "por tipo de entidade, observa-se que no 2.º trimestre de 2022, os Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário concentravam 40,5% do total dos postos (41,6% um ano antes), seguido das Entidades Públicas Empresariais Regionais, com 29,2% (29,4% no período homólogo) e das Direções Regionais com 18,6% (17,9% no final do 2.º trimestre de 2021)", diz a DREM.

Já por Secretaria Regional (S.R.), "mostra que a S.R. da Educação, Ciência e Tecnologia é a responsável pelo maior número de trabalhadores, com 9.831 postos de trabalho (47,5% do total da ARM), enquanto as restantes Secretarias mantêm volumes de emprego compreendidos entre os 217 (S.R. de Mar e Pescas) e os 925 (S.R. das Finanças) postos de trabalho".

Quanto à "idade média estimada dos trabalhadores da Administração Regional da Madeira era, em Dezembro de 2021, de 48,7 anos (48,6 anos em Dezembro de 2020), enquanto que "no que diz respeito às habilitações, no final de 2021, observa-se que mais de metade dos trabalhadores da ARM (58,0%) possui o ensino superior, 23,2% tem apenas o ensino básico e os restantes 18,9% o secundário".

Daí que também influencie os rendimentos dos funcionários públicos, bem acima do rendimento médio do trabalhador na RAM. "Em Abril de 2022, a remuneração base média mensal na ARM foi de 1.560,8€, tendo crescido 0,9% em termos homólogos, enquanto o ganho médio mensal (que corresponde ao agregado das remunerações de base, prémios, subsídios ou suplementos) fixou-se em 1.818,9€ (1.819,7€ um ano antes)", especifica a DREM.

Além dos trabalhadores da ARM e da Segurança Social, acresce os das "empresas públicas que não foram classificadas dentro da ARM", que tinham a 30 de Junho de 2022, um total de "2.415 postos de trabalho, mais 78 (+3,3%) face ao trimestre anterior e mais 61 (+2,6%) em termos homólogos. Face a Dezembro de 2012 (período mais recuado para o qual existe informação para este tipo de empresas), o número de postos aumentou em 109 (+4,7%)", realça.

Por fim, as autarquias. "As onze câmaras municipais da RAM concentravam no período em referência 3.237 postos de trabalho, menos 32 (-1,0%) que no trimestre precedente e menos 16 (-0,5%) que no final de Junho de 2021", refere. "Nas juntas de freguesia da RAM, trabalhavam 171 pessoas a 30/06/2022, mais 2 (+1,2%) que no trimestre anterior e mais 18 (+11,8%) em termos homólogos. Comparativamente a 31/12/2011, as Câmaras Municipais aumentaram o seu efetivo em 44 (+1,4%) e as juntas de freguesia em 2 (+1,2%) trabalhadores", conclui.