Marítimo, o cúmulo da mediocridade!
Quando soubemos de que o Marítimo contava para esta época com a quase totalidade dos jogadores da época passada e alguns já de duas ou três temporadas anteriores, logo nos apercebemos que estava em perspetiva mais uma época de frustrações para os maritimistas.
Não é por nada, é porque – em nossa opinião – nem todos estes jogadores têm categoria, têm valor para militarem numa 1.ª Liga, mesmo tratando-se da nossa.
E digo isto porque não posso, não devo, não tenho o direito de pôr em causa o profissionalismo destes atletas, daí concluir que se não dão mais é porque não sabem, não podem e se não sabem, nem podem, a mais não são obrigados.
Só que a instituição MARÍTIMO é grande, tem pergaminhos a defender e não se pode compadecer com isso.
Este punhado de jogadores – ao qual pomposamente se dá o nome de equipa - só já não atirou o Marítimo para o escalão secundário por, digamos, mera felicidade.
Ainda a época passada empunharam a “lanterna–vermelha” durante algum tempo, depois com a vinda deste treinador fizeram – nem sabemos como - alguns pontos que os livraram da descida, mas perante o seu público, no seu estádio, - onde por norma as equipas se empolgam e até vencem adversários considerados favoritos – perderam 6 ou 7 jogos com equipas que toda a gente julgava serem inferiores.
Depois do resultado desastroso, de “Hóquei-em-Patins” que fizeram no Dragão, este jogo frente a uma equipa que subiu de escalão esta época, foi um profundo descalabro.
Se os jogadores do CHAVES tivessem “meia pontaria afinada”, repito, “meia-pontaria afinada”, o Marítimo teria saído para o intervalo goleado.
Passes errados, cortes de cabeça em que a bola ia constantemente para os adversários, nenhuma jogada com princípio-meio- e fim, desatenções, remates poucos e mal direcionados e era tal o domínio e o “à vontade” do adversário que mais parecia que o jogo era em Chaves.
Uma vergonha que já começa a ser habitual, atendendo às últimas três épocas, mas que até agora tem dado para se aguentar no escalão superior, mas a continuar assim duvidamos que a sorte esteja sempre do lado do Marítimo.
Admito que o dinheiro não abunde e, por conseguinte, não se dê ao plantel todos os jogadores de que necessita, mas o caminho a seguir é adquirir poucos mas bons atletas, pois todos os clubes, mormente da dimensão do Marítimo, têm as mesmas ou piores dificuldades financeiras e sempre arranjam equipas que se batem com galhardia e lá vão conseguindo exibições e resultados que não envergonham o clube.
Esta exibição e resultado mais uma vez denegriram o nome do Marítimo e dececionaram uma massa associativa e adepta que corresponde sempre que é chamada e não merece este tipo de espetáculo e completo desacerto da sua equipa principal de futebol.
Se a Direção precisa atuar, alterar, muita coisa mudar – até porque foi eleita para isso - jogadores e técnicos têm também de parar para pensar.
Enquanto é tempo!
Em nota final parece termos visto algumas expressões de alegria à beirinha do intervalo, por parte dos responsáveis técnicos da equipa, talvez pelo resultado estar a ser positivo nessa altura, só que mercê de um golo imerecido e após uma exibição a roçar a mediocridade.
Juvenal Pereira