Presidente da comissão eleitoral garante transparência nas presidenciais no Quénia
O chefe da Comissão Eleitoral Independente do Quénia afirmou que as eleições presidenciais foram "as mais transparentes" da história do país e acusou quatro dos seus colegas de afirmarem que os resultados foram manipulados para assegurar uma segunda volta.
A Comissão Eleitoral Independente do Quénia (IEBC) declarou vencedor o atual vice-presidente, William Ruto, mas o seu rival, o antigo primeiro-ministro Raila Odinga, rejeitou os resultados, suscitando receios de uma escalada de tensões. Segundo os resultados oficiais, Ruto ganhou com 50,5% dos votos, contra 48,85% dos votos atribuídos a Odinga.
Wafula Chebukati lançou agora dúvidas sobre as atividades de alguns dos membros da IEBC, afirmando que quatro elementos lhe pediram na segunda-feira, durante uma reunião, para modificar os resultados "com o objetivo de forçar uma segunda volta de votação", algo que disse não aceitar.
"O presidente recusou este pedido inconstitucional e ilegal e procedeu à declaração dos resultados das eleições presidenciais à medida que os recebia das mesas de voto", disse a comissão de sete membros numa declaração.
Chebukati argumentou que, se tivesse concordado, estaria "em violação da Constituição e da vontade soberana do povo queniano", que foi às urnas em 09 de agosto para eleger um substituto para o atual chefe de Estado, Uhuru Kenyatta.
Odinga, por seu lado, apontou hoje novamente o dedo a Chebukati como o alegado mestre da fraude eleitoral.
"Esperamos ultrapassar as artimanhas e reivindicar a vitória no devido tempo", disse o ex-primeiro-ministro no Twitter.