Madeira

Caminho das Ginjas alvo de providência cautelar

A nova acção foi promovida pela Associação Cívica Para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva no início deste mês de Agosto

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A Associação Cívica Para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva (DPFL) entregou, no início deste mês de Agosto, uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal com vista à suspensão e posterior cancelamento do projecto de pavimentação do Caminho das Ginjas, que liga São Vicente aos Estanquinhos, no Paul da Serra. 

O pedido foi aceite pelo Tribunal, e, agora, segundo o trâmites legais, as entidades promotoras do projecto, nomeadamente a Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, terão um prazo legal para se pronunciarem sobre os aspectos que são alvo desta acção de impugnação. 

"A DPFL, Associação Cívica Para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva, apresentou 152 artigos de justificação de ilegalidades e desconformidades relacionadas com a intenção de pavimentação e outras acções, desde redes de água a parques de merendas", dá conta esta associação em comunicado, acrescentando que "o tribunal aceitou liminarmente todos esses artigos como válidos e coerentes". 

Além disso, apontam que "foi referido nos nossos artigos de fundamento o incumprimento da Directiva Comunitária Habitats e a sua total desconsideração legal e prática, pois, esta hipotética 'obra' desenvolver-se-ia no interior de uma ZEC, Zona Especial de Conservação enquadrada na Rede Natura 2000". 

No seguimento desta acção, a Associação Cívica Para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva refere que "o absurdo e o desmando das entidades promotoras - Governo Regional e Câmara Municipal de São Vicente - deste funesto e deplorável projecto, fica agora entregue à justiça. Fica pendente de toda a miríade de leis e regulamentos regionais, nacionais, europeus e mundiais".