Gestora da ferrovia responsabiliza condutor por acidente com seis mortos em Moçambique
A empresa gestora da linha férrea moçambicana onde, no domingo, morreram seis pessoas em resultado de um acidente entre um comboio e um carro responsabilizou hoje o condutor do veículo pelo sinistro.
"A causa do acidente está sob investigação, mas dados preliminares indicam que o acidente resultou da inobservância das regras de travessia de linha férrea pela parte do condutor da viatura", refere a Nacala Logistics em comunicado.
O acidente ocorreu por volta das 14:30 (menos uma em Lisboa), quando um veículo que tentava atravessar a passagem de nível foi arrastado por um comboio durante cerca de um quilómetro no distrito de Moatize, em Tete, no centro de Moçambique, tendo resultado na morte de seis pessoas que seguiam na viatura todo-o-terreno.
"A ocorrência foi imediatamente reportada ao Centro de Controlo Operacional, em Moatize, e foram acionados de imediato as equipas de bombeiros e ambulância", acrescentou a Nacala Logistics em comunicado.
Segundo a empresa gestora da linha, o comboio tinha 118 vagões.
O comboio envolvido no sinistro pertence à mineira Vulcan, que, no final de abril, concluiu a compra de ativos à brasileira Vale na exploração de carvão em Moçambique, num negócio de 270 milhões de dólares (253 milhões de euros).
A linha com cerca de 900 quilómetros, designada como 'corredor logístico do norte', liga as minas de carvão da província de Tete ao porto de Nacala, no oceano Índico, de onde é feita a exportação destinada sobretudo à Ásia.
A Vulcan é uma empresa privada indiana que faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (16,8 mil milhões de euros), e que já está presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.