Autoridades esperam que chuva ajude no combate aos incêndios em França
Os bombeiros continuam hoje a combater vários incêndios em França quando se prevê uma noite com chuva e trovoadas que as autoridades esperam venha facilitar o combate aos fogos, mas receiam possa agravar o risco de incêndio.
De acordo com a agência France Presse, a meteorologia francesa prevê trovoadas e chuva para esta noite, o que poderá resultar na acalmia dos incêndios, particularmente na região oeste de França, numa altura em que o país atravessa uma onda de calor e regista uma situação de seca histórica.
O impacto das trovoadas e da chuva sobre os incêndios "é, no entanto, difícil de prever, pois, podem ter o efeito contrário se forem acompanhadas por ventos fortes, ou mesmo raios, a primeira causa natural dos incêndios", refere a AFP, citando a Météo-France e os bombeiros.
As tempestades devem atingir a maior parte do país no domingo.
A França vive sua terceira onda de calor intenso neste verão e regista incêndios que já resultaram numa área queimada três vezes maior que a média anual dos últimos dez anos.
Em Gironde, um incêndio que deflagrou na terça-feira (e que não tem progredido nas últimas 48 horas), devastou 7.400 hectares de floresta e obrigou 10.000 pessoas a abandonarem as suas casas, algumas pela segunda vez num mês. Em julho, 14.000 hectares já tinham ardido nesta zona.
O Jura (leste), que normalmente tem um clima mais moderado, também foi atingido por dois incêndios desde terça-feira, que devoraram cerca de 660 hectares de floresta.
Os fogos também têm sido violentos em Isère (centro-este), Ardèche (centro-este) e Drôme (sudeste), além de todos os dias, de norte a sul do país, deflagrarem inúmeros incêndios de menor dimensão.
No oeste de França, um incêndio começou durante a noite na floresta de Broceliande, destruindo quase 300 hectares de vegetação.
A precipitação, prevista para esta noite "será insuficiente para remediar a seca histórica", alertou o Météo-France.
As tempestades "cairão em solo muito seco, com risco de escoamento bastante significativo" o que não permite a absorção de água e aumenta o risco de inundações "e o risco de granizo", alertou a meteorologista Claire Chanal, durante uma conferência de imprensa na sexta-feira.