IRS Jovem chega a 37.558 contribuintes e dá benefício médio de 380 euros
Mais de 37.500 contribuintes acederam ao IRS Jovem este ano, abrangendo 506 milhões de euros de rendimentos do trabalho, uma média de 380 euros de benefício por cada jovem abrangido, avançou hoje o Ministério das Finanças.
"Concluída a campanha de IRS relativa aos rendimentos auferidos em 2021, verifica-se que 37.558 jovens beneficiam do IRS Jovem, num valor total de rendimentos do trabalho abrangido de 506 milhões de euros", anuncia, em comunicado, o gabinete liderado pelo ministro Fernando Medina.
Segundo o ministério, "isto significa que, em média, cada um destes jovens tem um rendimento mensal de 960 euros e um benefício fiscal de 380 euros por ano ao aderirem ao IRS Jovem".
A despesa fiscal associada ao IRS Jovem da campanha de IRS de 2021, cuja fase de entrega declarativa terminou em de 30 de junho, é de cerca de 15 milhões de euros, acrescenta o gabinete.
Este foi o segundo ano de aplicação do IRS Jovem, medida "que pretende incentivar a qualificação dos mais jovens e apoiar a sua integração na vida adulta e no mercado de trabalho após a conclusão dos seus estudos", sublinha a mesma fonte.
No primeiro ano de aplicação da medida, beneficiaram dela 1.020 jovens, sendo o "aumento significativo" do número de beneficiários agora registado justificado com a "implementação de um sistema de alerta, por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), no momento da submissão da declaração para divulgação e incentivo do regime", adianta o Ministério das Finanças.
O IRS Jovem garante, em 2021, uma isenção de IRS até 30% de rendimentos de trabalho dependente obtidos por jovens entre os 18 e os 26 anos após a conclusão de um ciclo de estudos a partir do nível 4 do Quadro de Qualificações (ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional - mínimo de seis meses).
O Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) alargou o IRS Jovem de três para cinco anos, passando também a abranger os trabalhadores independentes e os jovens doutorados até aos 30 anos.