Irão rejeita "ridícula" acusação dos EUA de tentativa de assassínio de John Bolton
O Irão rejeitou acusações "ridículas" de que um membro da Guarda Revolucionária do Irão terá planeado o assassinato de John Bolton, antigo conselheiro de segurança nacional do ex-Presidente Donald Trump.
O Departamento de Justiça norte-americano acusou na quarta-feira Shahram Poursafi, vulgo Mehdi Rezayi, de ter oferecido 300 mil dólares a indivíduos nos Estados Unidos para matar John Bolton, que também era embaixador do Estados Unidos nas Nações Unidas.
Poursafi alegadamente tentou assassinar Bolton em retaliação pelo ataque com um 'drone' (aparelho aéreo não tripulado) norte-americano que matou o comandante da força de elite iraniana Al-Quds, da Guarda Revolucionária do Irão, Qassem Soleimani, considerado o general mais poderoso do país, numa operação em janeiro de 2020 no Iraque.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irão, Nasser Kanani, rejeitou as acusações "ridículas" dos EUA.
"As autoridades judiciais norte-americanas apresentaram acusações sem fornecer provas válidas", denunciou.
Bolton reagiu nas redes sociais na quarta-feira, através de uma mensagem na qual agradece "ao Departamento de Justiça pelo início do processo penal aberto ontem e ao FBI [polícia federal norte-americana] pela sua diligência na descoberta e seguimento da ameaça criminosa do regime iraniano".
Os procuradores dizem que o plano para assassinar John Bolton começou mais de um ano depois de Qassem Soleimani ter sido morto num ataque ocorrido no aeroporto internacional de Bagdade, a 03 de janeiro de 2020.