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EDP e Endesa foram as comercializadoras de energia que mais clientes perderam em 2021

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A EDP manteve-se como o comercializador de energia que mais clientes perdeu em 2021 nas mudanças no mercado liberalizado, totalizando 96.000, seguida da Endesa, que perdeu 46.000, segundo o balanço dos mercados retalhistas de eletricidade e de gás, divulgado hoje pela ERSE.

"Nas mudanças dentro do mercado liberalizado, em número de clientes, a EDP continua a ser o comercializador com mais perdas (96.000), sendo o principal beneficiário a Goldenergy (50.000 clientes), seguida da Endesa (46.000)", informou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que divulgou o relatório sobre os mercados retalhistas de eletricidade e de gás, referente a 2021.

Já em termos de consumo, a Iberdrola foi o comercializador com mais perdas nas mudanças no mercado livre, que totalizaram 846 gigawatts-hora (GWh), enquanto a EDP passou a registar o maior ganho em mudanças dentro do mercado livre (275 GWh). Relativamente às mudanças de comercializador, a ERSE verificou que, no ano passado, o segmento doméstico representou mais de 97% das alterações, em número de clientes, porém, em termos de consumo, os clientes industriais são o segmento mais relevante nas mudanças dentro do mercado liberalizado, com 42% do total.

O regulador destacou que, em 2021, registou-se um aumento das taxas de intensidade de mudança de comercializador, que foram de 17% na eletricidade e de 15% no gás, em número de clientes, e de 23% e 14%, em consumo.

No período em análise registou-se ainda um maior número de ingressos de clientes no Comercializador de Último Recurso (CUR) dos últimos cinco anos, com 29.328 na eletricidade e 1.117 no gás, que se justifica em grande parte pela saída de comercializadores da atividade, uma vez que o sistema garante o fornecimento supletivo aos seus clientes, através do CUR.

O consumo em mercado liberalizado de eletricidade representava assim, no final de 2021, cerca de 94% do consumo total de energia, com o segmento residencial a corresponder a 38% desse consumo.

Já em número de clientes, apontou a ERSE, o mercado liberalizado cresceu 1,9%, para mais de 5,4 milhões, mantendo um peso relativo de 85%.

No gás, 98% dos consumos do segmento convencional estava no mercado liberalizado, no ano passado, que correspondem a 1,3 milhões de clientes (85% do total).