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Investigação descreve três novas espécies de aranhas nas Ilhas Galápagos

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Novas investigações sobre aranhas araneomórficas nas Ilhas Galápagos descreveram três novas espécies do género Metagonia, duas destas cegas, em túneis de lava nas ilhas Isabela e Santa Cruz, avançou o Instituto Nacional de Biodiversidade equatoriano.

O estudo divulgado na quarta-feira partiu do facto de que nenhum parente epígeo (que se desenvolve no solo) tinha sido encontrado.

Assim, em 2019, um grupo de cientistas, numa expedição de recolha, encontrou três novas espécies do género Metagonia.

O estudo também descreveu duas espécies já conhecidas e acrescentou cinco à filogenia molecular da família dos folcídeos, ou aranhas araneomórficas, além de outras 30 congéneres que habitam o continente americano.

Segundo o trabalho, nas Galápagos existem aranhas dos grupos epígeo e hipógeo (que se desenvolvem no subsolo), o primeiro com as espécies Metagonia berlanga (da Ilha de Santa Cruz) e M. lágrimas (de Isabela).

No grupo dos hipógeos estão Metagonia bellavista (da Ilha de Santa Cruz), M. reederi (de Isabela e Santa Cruz) e M. zatoichi (Santa Cruz), esta última em homenagem a um personagem fictício cego criado pelo romancista japonês Kan Shimozawa.

A publicação divulgada pelo Instituto Nacional de Biodiversidade refere que os folcídeos das Galápagos estão razoavelmente bem estudados e que estão listadas 14 espécies.

Já no género Metagonia foram descritas duas espécies cegas de tubos de lava consideradas relíquias, cujos parentes epígeos tinha desaparecido.

As Galápagos, localizadas a cerca de mil quilómetros a oeste da costa continental do Equador, são consideradas um laboratório natural, o mesmo que permitiu ao cientista inglês Charles Darwin, no século XIX, desenvolver a sua teoria sobre a seleção natural das espécies.

Este arquipélago foi também declarado Património Mundial da UNESCO e é considerado uma das reservas insulares mais bem preservadas do planeta.