Polícia revista casa privada do Presidente do Peru à procura da cunhada
A polícia revistou hoje a casa privada do Presidente peruano, Pedro Castillo, noticiou a imprensa local, à procura da sua cunhada, alvo de um mandado de captura por suspeitas de corrupção.
O próprio Presidente peruano é objeto de cinco investigações, incluindo uma por suspeita de corrupção, mas esta é diferente da que envolve a sua cunhada.
As imagens transmitidas em várias estações de televisão mostraram polícias a entrar hoje na casa do Presidente Castillo em Chugur, na região de Cajamarca, 800 quilómetros a norte de Lima.
O Ministério Público, contactado pela AFP, não fez qualquer comentário.
Falando hoje num evento público em Lima, Pedro Castillo disse apenas: "Eles acabaram de entrar em minha casa".
Nenhuma imagem mostrou a detenção de Yenifer Paredes quando os agentes deixaram a residência de Castillo, sugerindo que a cunhada do Presidente não estava presente.
A rusga surge um dia depois de uma rusga policial sem precedentes no complexo do palácio presidencial em Lima para prender Paredes.
Na terça-feira, o Tribunal Superior de Justiça peruano autorizou o pedido do procurador para uma busca porque Paredes, que considera Castillo e a mulher como os seus "pais", deu três endereços nos seus documentos oficiais.
Yenifer Paredes já tinha sido convocada para testemunhar perante o Ministério Público e para comparecer perante uma comissão de supervisão parlamentar peruana em meados de julho.
O Presidente Castillo, que se encontra no cargo há um ano, tinha denunciado na terça-feira à noite uma "rusga ilegal" que, segundo o próprio, visava afastá-lo do poder e foi levada a cabo com a cumplicidade da oposição de direita no parlamento.
"Hoje, o palácio do Governo e o palácio presidencial foram mais uma vez violados por uma rusga ilegal apoiada por um juiz, no preciso momento em que pedem o meu afastamento durante cinco anos para privar o povo peruano do seu governo legítimo", disse Castillo, um antigo professor rural e sindicalista de 52 anos.
Pedro Castillo já enfrentou duas tentativas de destituição pelo Parlamento e foi creditado por uma sondagem Ipsos em julho com 74% de opiniões desfavoráveis na sua gestão do país, que teve três primeiros-ministros e sete ministros do Interior em pouco mais de um ano.