José Manuel Morna Ramos
Esta história começa numa aula dum curso universitário de gestão, quando o professor no decorrer do seu esquema laboral, resolveu inquirir os seus alunos, para indicarem três exemplos de países ricos e de três países pobres. Destacaram-se nas respostas dos alunos, uma extensa maioria em escolhas referentes a países pobres tais como: Somália, Nigéria, República Centro Africana, República Democrática do Congo, Índia, Angola, Venezuela, Brasil, Bolívia, entre outros. E como países ricos, uma maioria indicava, a Suíça, a Áustria, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Reino Unido e os E.U A.. Depois da avaliação sumária das respostas o professor informou-lhes que existiam erros na maioria das escolhas, porque ... a Suíça, a Suécia, a Áustria e a Dinamarca, são países pobres porque não têm riquezas ou recursos naturais nos seus subsolos e a Nigéria, Angola, Venezuela, R. Centro Africana, R.D. Congo e Bolívia, são países riquíssimos, porque detêm nos seus territórios imensos recursos naturais. Acrescentando, que nestes países considerados pobres as populações possuem grandes capacidades, com grande produtividade e muito desenvolvimento tecnológico e empresarial. Ao invés, nos países considerados ricos, essa riqueza encontrava-se distribuída por alguns e a maioria da população seria pobre, sem os mínimos no que respeita ao conforto, desenvolvimento, cultura e poder de compra. Recordei-me deste tema para um artigo de opinião ... a propósito dum oligarca ... “comandante” supremo e absoluto dum país africano, com uma antiga gestão territorial portuguesa, tornado independente em 1974/5 ... e que após a sua morte recente, os seus filhos, milionários todos eles, disputam o seu corpo, para poder homenagear o homem, que lhes proporcionou as imensas riquezas que usufruem, deixando, no entanto esse imenso país, no meio duma profunda calamidade organizacional e pobreza da população. No caso vertente, um país com petróleo, ouro, cobre, diamantes, manganês, entre os muitos recursos naturais, existentes nesse território africano. E, nos exemplos de países considerados ricos, temos a Nigéria com petróleo, gás natural, ferro, estanho e zinco, ... temos a R.D. do Congo, a Venezuela e a R. C. Africana, com ouro, cobre, diamantes, urânio e lítio, além do petróleo e do gáz natural, ... para não falar da exploração escandalosa de madeiras raras na R.D. do Congo e na R.C. Africana!! Com as respectivas populações a viver, como bem o sabemos! Ao invés, temos a Áustria, a Alemanha e a Suíça, que, não usufruindo em geral de riquezas nos seus territórios, ... embora a Alemanha possua ferro ... apresentam um grande desenvolvimento cultural e empresarial das suas populações.
Deixámos de ter no mundo os regimes aristocráticos, muito criticados - ainda com alguns resquícios, no Reino Unido - que eram considerados maus exemplos de gestão territorial e social e afinal, muitos deles foram substituídos por oligarquias ou por cleptocracias - enxertadas em democracias de fachada, com os resultados que estão á vista, mas, no entanto, com representatividade assegurada em algumas organizações mundiais. Entretanto nos regimes democráticos verdadeiros e genuínos, o povo é que manda, tem o direito de escolher quem irá mandar..., mas se porventura se engana, na escolha do “sujeito”, é esse mesmo povo quem irá pagar a factura. Outro dia um desses “sujeitinhos”, com grande pompa e circunstância, sem presunção nem água benta, anunciou à população, em directo, que iria construir três aeroportos na capital portuguesa. Depois do governo nacional ... ou melhor do povo português ... ter já colocado cinco mil milhões na transportadora aérea nacional ... para despesas de ocasião! Mais um crime, sem castigo!
Enfim, e assim vai o mundo, com frio e covid, com calor e incêndios, com uma guerra entre os proprietários do 3ª esquerdo e do 3ª direito, que está a atingir o prédio todo ... e a preocupar os prédios vizinhos, ... e, com outro alerta na calha: a varíola dos macacos!
Aproveitem para usar bem a parte de dentro da cabeça, ... porque a de fora é só para “selfies”!
Boas férias... para quem as merece!
P.S. A Rússia invadiu um país, a China também quer invadir outro, ... e os EUA - que são sempre os maus da fita - não planeiam nenhuma invasão? Parece estar a acontecer aquilo que Albert Einstein disse um dia: - Na III guerra mundial não sei quais serão as armas, mas na IV vai ser com paus e pedras!