Líder do grupo Estado Islâmico fez-se explodir depois de cercado por forças governamentais
Um líder do grupo fundamentalista Estado islâmico detonou o seu cinto de explosivos depois de ter sido cercado pelas forças do Governo sírio no sul do país, afirmou hoje a imprensa oficial, citando uma fonte de segurança.
Segundo a agência noticiosa oficial de Sana, "as forças de segurança levaram a cabo uma operação especial" que levou à "morte do terrorista Abu Salem al-Iraki" na região ocidental de Deraa.
Al-Iraki - que era chefe militar da organização extremista no sul da Síria, "detonou o seu cinto com explosivos depois de ter sido cercado e ferido por tiros", de acordo com a fonte de segurança.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma extensa rede de fontes no país devastado pela guerra, confirmou a morte de al-Iraki na terça-feira.
Segundo o Observatório, o líder jihadista tinha-se escondido na área desde 2018 e tinha estado envolvido em assassinatos e no caos que abalou o sul da Síria.
A província de Deraa tem sido largamente controlada pelo regime desde 2018.
Grupos rebeldes ainda controlam algumas áreas ao abrigo de um acordo de tréguas patrocinado pelo regime de Bashar al-Assad, aliado da Rússia.
A presença do EI na província foi limitada a uma pequena bolsa, através de uma fação extremista que se comprometeu a fidelidade ao mesmo, antes de ser derrotada e empurrada para trás.
Depois de uma ascensão meteórica ao poder em 2014 e a conquista de vastos territórios no Iraque e na Síria, o EI viu o seu autoproclamado "califado" cair sob sucessivas ofensivas e foi derrotado em 2017 no Iraque e em 2019 na Síria.
Mas o grupo extremista sunita responsável por múltiplos abusos continua a realizar ataques através de células adormecidas nestes dois países.
A complexa guerra na Síria, envolvendo vários protagonistas, matou cerca de 500.000 pessoas desde 2011.