Venezuela tem 245 presos políticos e 9.000 pessoas com restrições à liberdade
A organização não governamental venezuelana Foro Penal (FP) denunciou hoje que 245 pessoas estão presas por motivos políticos na Venezuela e que mais de 9.000 cidadãos continuam "submetidos arbitrariamente" a medidas restritivas da liberdade.
Do total de pessoas presas inclui "232 homens e 13 mulheres, 115 são civis e 130 militares, 240 são adultos e um é adolescente", indica o FP numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Segundo o FP, 78 dos presos políticos já foram condenados por tribunais e 167 estão a aguardar julgamento.
"Desde 2014 registaram-se 15.774 detenções políticas na Venezuela. O FP assistiu gratuitamente mais de 12.000 detidos, hoje libertados, e a outras vítimas de violações dos seus Direitos Humanos. Além disso, dos presos políticos, mais de 9.000 pessoas continuam submetidas arbitrariamente a medidas restritivas da sua liberdade", explica a ONG.
Os dados dos presos políticos venezuelanos estão certificados pela Organização de Estados Americanos (OEA), segundo uma mensagem do secretário-geral da OEA, Luís Almagro, publicada no Twitter.
Ainda no Twitter, o Foro Penal divulga outras mensagens recordando o assassinato de alguns venezuelanos para os quais pede "que se faça justiça".
"Não há que fazer justiça pelas nossas próprias mãos, mas está nas nossas mãos que se faça justiça", defendeu o diretor da organização, Alfredo Romero, numa mensagem que acompanha as fotos de algumas vítimas.
Entre os assassinados está Miguel Castillo (27 anos, morto em 10 de maio de 2017), Mariana Ceballos (32 anos, 10 de abril de 2014), Ruben Darío González (16 anos, 10 de julho de 2017), Daniel Queliz (19 anos, 10 de abril de 2017), Argenis Herrera (19 anos, 10 de julho de 2017) e Neomar Lander (17 anos, 7 de junho de 2017).