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Comando dos EUA em África matou quatro membros do Al-Shebab na Somália

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Foto: AP

O Comando Militar dos Estados Unidos em África (Africom) matou na terça-feira quatro membros do grupo terrorista Al-Shebab em ataques aéreos no centro da Somália, foi hoje anunciado.

"A avaliação inicial do comando indica que os ataques mataram quatro terroristas do Al-Shebab e nenhum civil foi ferido ou morto", disse o Africom, numa breve declaração.

De acordo com o comando, as tropas norte-americanas realizaram três ataques aéreos contra combatentes do Al-Shebab numa área perto da cidade de Beledweyne (centro), depois dos 'jihadistas' terem atacado o exército somali.

"O Governo Federal da Somália e os Estados Unidos continuam empenhados em combater o Al-Shebab para evitar a morte de civis inocentes", acrescentou a declaração do comando militar norte-americano.

Os Estados Unidos da América (EUA) têm estado envolvidos em operações militares contra o Al-Shebab em território somali, desde pelo menos 2007.

Em 16 de maio, um dia após a realização das anteriores eleições presidenciais na Somália, o Presidente norte-americano, Joe Biden, ordenou o destacamento de centenas de tropas em solo somali para combater mais eficazmente o Al-Shebab.

O Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, vencedor das eleições, agradeceu a Washington pela sua decisão.

Desde então, organizações como a Human Rights Watch (HRW) têm exigido que os EUA deem prioridade à proteção da população civil somali durante as suas operações militares, pois no passado as suas ações levaram a "perdas significativas de vidas civis (...), inclusive em ataques que constituíram violações aparentes das leis da guerra".

O Al-Shebab, que se afiliou à rede Al-Qaida em 2012, realiza frequentemente ataques terroristas na capital somali, Mogadíscio, e noutros locais do país para derrubar o governo central e estabelecer à força um estado islâmico 'wahhabi' (ultraconservador).

Os extremistas islâmicos também controlam partes da Somália.

A Somália tem estado em conflito armado desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, que deixou o país sem um governo eficaz e à mercê dos senhores da guerra e das milícias islâmicas.