Madeira

Taxa de desemprego na Madeira volta a cair, fixa em 7,3% mas ainda é a maior do país

Referente ao 2.º trimestre de 2022

Foto Shutterstock
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"Os resultados do Inquérito ao Emprego relativos ao 2.º trimestre de 2022 indicam uma taxa de desemprego na Região Autónoma da Madeira (RAM) estimada em 7,3%, valor inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior e em 1,1 p.p. face ao trimestre homólogo", noticia a DREM esta quarta-feira. "Comparativamente ao 4.º trimestre de 2019 (período pré-pandemia COVID-19), houve uma quebra de 0,1 p.p.".

Contudo, apesar das melhorias notórias, a Madeira mantém-se como a região do país com a mais alta taxa de desemprego, repetindo o primeiro lugar deste ranking indesejável pelo segundo trimestre consecutivo. "Em Portugal, a taxa de desemprego no trimestre em análise diminuiu para 5,7%, valor inferior em 0,2 p.p. ao do trimestre anterior e 1,0 p.p. comparativamente ao trimestre homólogo", diz a DREM, o que significa que a RAM tem uma taxa de desemprego 1,6 pontos percentuais acima da média nacional.

"No trimestre em referência, a Região Autónoma da Madeira (7,3%) e a Área Metropolitana de Lisboa (6,8%) apresentam as taxas de desemprego mais elevadas, estando no polo oposto o Alentejo (4,4%), o Centro (5,2%) e o Algarve (5,3%) com os valores mais baixos", confirma, sendo que os Açores também têm taxa acima da média do país, mas apenas em 0,2 pontos percentuais. "Em cinco das 7 regiões do país, a taxa de desemprego diminuiu em termos trimestrais, com a maior quebra a se registar no Algarve (-1,7 p.p.). A Área Metropolitana de Lisboa manteve o valor do trimestre anterior e o Norte foi a única região em que houve um aumento trimestral (+0,1 p.p.). Em termos homólogos, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões do país, excepto na Área Metropolitana de Lisboa em que subiu 0,1 p.p.".

Noutros indicadores, "a estimativa da população desempregada, apurada em 9,6 mil pessoas, diminuiu 10,1% face ao trimestre homólogo (1,1 mil pessoas) e 2,1% comparativamente ao trimestre anterior (cerca de 200 pessoas)", enquanto que "a população empregada fixou-se em cerca de 122,5 mil pessoas, aumentando 5,0% em termos homólogos (5,8 mil pessoas) e 1,2% em relação ao trimestre precedente (1,4 mil). Da população empregada, 14,8 mil pessoas trabalharam a partir de casa (15,0% das mulheres empregadas e 9,1% dos homens empregados). De notar que de acordo com o histórico de resultados do Inquérito ao Emprego, aquela população empregada é a mais elevada de sempre na RAM", afiança.

Também, por isso mesmo, "a taxa de actividade das pessoas em idade activa (16 aos 89 anos), no 2.º trimestre de 2022, foi estimada em 60,7%, valor superior ao trimestre homólogo em 2,0 p.p. e em 0,5 p.p. se comparado com o trimestre precedente. A taxa de atividade nas mulheres foi de 56,8%, sendo inferior à dos homens (65,3%) em 8,5 p.p.". Já quanto à população inactiva foi "estimada em 120,8 mil pessoas, diminuiu 4,0% face ao trimestre homólogo e 1,1% face ao trimestre anterior", um cenário que se inverteu muito recentemente.