Protestos contra aumento de electricidade resultam em dois mortos em Joanesburgo
Pelo menos duas pessoas morreram numa violenta manifestação alegadamente contra o aumento do preço da eletricidade no leste de Joanesburgo, a capital económica da África do Sul, anunciaram as autoridades.
A porta-voz da Polícia Metropolitana de Ekurhuleni (EMPD, na sigla em inglês), Kelebogile Thepa, adiantou à imprensa local que a primeira vítima foi atingida mortalmente numa troca de tiros entre os agentes da polícia e os manifestantes.
Desconhecem-se as causas da morte da segunda vítima.
A porta-voz policial salientou que os manifestantes bloquearam desde a manhã de hoje com pedras e pneus incendiados as estradas de acesso a Tembisa, na municipalidade metropolitana de Ekurhuleni, que faz parte do governo local da região de East Rand, leste de Joanesburgo.
Vários veículos e edifícios municipais foram queimados e pilhados, segundo a polícia sul-africana, salientando que o protesto se desencadeou alegadamente contra o aumento do preço de eletricidade.
Um jornalista do portal New24 foi atacado e assaltado no local à mão armada por 10 manifestantes, segundo o órgão de comunicação social sul-africano.
Por seu lado, em declarações à televisão pública SABC, a autarca de Ekurhuleni, Tania Campbell, acusou as autoridades sul-africanas de "interferência política" antes de se reunir no final da tarde de hoje com as comunidades locais apelando à calma.
"Há duas semanas, os residentes entregaram-me um memorando com revindicações, e acordou-se na realização de uma segunda reunião realizada na passada sexta-feira, em que participaram todos os responsáveis municipais envolvidos na resolução das reivindicações", explicou.
"Todavia, o que está a acontecer hoje não é o que ficou acordado na reunião do fórum comunitário de Tembisa, trata-se de interferência política e criminalidade", adiantou Tania Campbell, que desde novembro de 2021 exerce o cargo de autarca do Aliança Democrática (DA), principal partido na oposição na África do Sul.