"É necessário combater a inflação e repor o poder de compra aos trabalhadores e reformados", defende o PCP
O PCP realizou esta segunda-feira uma acção de contacto com a população para defender medidas para inverter o ritmo de perda do poder de compra dos madeirenses e porto-santenses.
No decurso da acção política o deputado Ricardo Lume proferiu a seguinte declaração: "Cada dia que passa o salário e a pensão ficam mais curtos para despesas maiores, e os lucros das grandes empresas não param de crescer"
"Os dados recentemente divulgados em relação à inflação dão conta de níveis que são máximos históricos de 30 anos. Os números que são adiantados de 9,1% de inflação ocultam aquilo que são os números reais que nós encontramos nas despesas do dia a dia. Nos combustíveis, na alimentação, na habitação, são aumentos de preços que são incomportáveis para a vida de quem trabalha. E é por isso que nós temos vindo a alertar que esta inflação, é o aproveitamento que os grupos económicos fazem da guerra, das sanções, da crise económica em que alguns estão a ganhar à custa de quase todos", acrescenta Ricardo Lume.
"Não podemos negar que existiu um aumento do preço das matérias-primas, mas também é inegável que existiu um aumento exponencial dos lucros das grandes empresas e grupos económicos", alertou o deputado do PCP, além de deixar outros exemplos: "Por exemplo a Galp só no primeiro semestre deste ano teve 420 milhões de euros, aumentando assim os lucros em 153% em relação ao mesmo período do ano passado, o Grupo Gerónimo Martins, proprietário do Pingo Doce encerrou a primeira metade do ano com 261 milhões de euros de lucro, assim como o Grupo Sonae detentora da cadeia de supermercados Continente também teve no primeiro semestre de 2022, 118 milhões de euros de lucros".
Por isso "o PCP tem vindo a alertar e a propor que é preciso controlar e tabelar os preços para que na alimentação, nos combustíveis, nos bens essenciais não continue essa especulação e aumento dos preços, assim como é preciso aumentar salários e pensões repondo o poder de compra para quem trabalha. São essas propostas que hoje cada vez mais se colocam com a máxima urgência", conclui.