Madeira

JPP responde à Gesba com facturas dos bananicultores

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O Juntos Pelo Povo (JPP) já reagiu às declarações da Gesba a propósito do valor pago pela banana aos agricultores.

Gesba desmente acusações do JPP e apresenta números oficiais

Rafael Nunes apresentou ontem alegados relatórios de gestão que davam conta da diminuição do valor pago pela banana

Em causa estão os relatórios de gestão apresentados, na sexta-feira, por Rafael Nunes, que davam conta de que há 15 anos os produtores de banana eram melhor pagos. Posição que foi, entretanto, refutada pela empresa responsável pela gestão do sector na Madeira.

"Valor pago pela banana tem vindo a diminuir", diz JPP com base em relatório da GESBA

O JPP tornou, hoje, públicos os relatórios de gestão da GESBA-Empresa de Gestão do Sector da Banana, par aprovar que o valor pago pelo Governo Regional ao bananicultor tem vindo a diminuir, tal como tem vindo acusar o partido.

No comunicado remetido este sábado às redacções, Élvio Sousa apresentou duas facturas - uma de 2006 e outra de 2021 - para sustentar as acusações iniciais do partido.

A empresa publica GESBA que gere a produção e comercialização de banana em regime de monopólio veio, hoje, de forma imprudente e sem provas irrefutáveis, acusar o JPP de impreparação e de revelar conclusões falsas. Ora como não deixa de ser o mais incontestável neste tipo de situações, para melhor demonstrar que há 15 anos os produtores de banana eram melhor pagos pela banana do que, actualmente, pela GESBA, o JPP apresenta duas facturas, de 2006 e outra de 2021.

As facturas - "um documento oficial do monopólio da GESBA" - mostram, conforme já havia alegado o JPP, que "há 15 anos, para o exemplo da banana extra, os produtores recebiam mais 30 cêntimos por kg, do sector".

"Em 2006, para a banana extra os agricultores recebiam 60 cêntimos das cooperativas e 14 cêntimos de apoios comunitários (que dava 74 cêntimos por quilo). Em 2021, pela mesma categoria recebem 66 cêntimos por kg, ou seja, da GESBA recebem 26,8 cêntimos por kg e de apoios 39,2 cêntimos)", sublinha o líder do Juntos Pelo Povo.

O deputado nota também que, "actualmente, a juntar os custos de produção, dos combustíveis e da electricidade com o IVA a 22% os bananicultores estão a plantar banana para perder dinheiro".

Ora com estas provas irrefutáveis e indesmentíveis se demonstra que os produtores de banana continuam a ser escravizados pelo monopólio público da GESBA, que usam os lucros do trabalho do agricultores para garantir mordomias dos administradores, viaturas e investimentos de milhões, tais como o recente Museu da Banana.

Élvio Sousa considera ainda que a GESBA deveria "esclarecer publicamente por que razão o Governo PSD/CDS veio obstaculizar que os agricultores possam constituir organizações de bananicultores e vender livremente o seu produto".